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DEPOIS DA ENCHENTE

Rio dos Sinos finalmente baixa e moradores retornam à rotina

Apenas algumas ruas ainda estão com alagamentos, mas não chegam nas residências

Dário Gonçalves
Publicado em: 18/07/2023 às 21h:51 Última atualização: 17/10/2023 às 15h:47
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Moradores de áreas afetadas pelo Rio dos Sinos em Campo Bom e Novo Hamburgo finalmente começam a voltar para a rotina. As águas que transbordaram na noite de sábado (15) começaram a retroceder na noite de segunda-feira (17), permitindo a retomada das atividades.

Em Campo Bom, a rua mais afetada era a Pio XII, no bairro Barrinha. Segundo moradores, o leito transbordou e subiu rapidamente na noite de sábado, porém, desta vez, a água não invadiu as casas. “Felizmente agora só subiu na calçada, mal entrou no pátio. No mês passado, a água entrou na casa e chegou na altura da janela”, contam Eva Teresinha Marques, de 69 anos, e o filho Adriano Marques Lobato, de 49.

Água que chegou na calçada, retrocedeu para o leito | Jornal NH



Água que chegou na calçada, retrocedeu para o leito

Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

Apesar de não haver perdas, houve transtornos e moradores precisaram da ajuda de retroescavadeiras da prefeitura para sair de casa. “Com a minha idade, eu não saio mais de casa para trabalhar em situações como essa. O que eu ganho não cobre os custos de remédios e outras coisas que podem acontecer se eu ficar doente”, acrescenta Eva, que é doméstica.

O filho André afirma que, durante a manhã desta terça-feira (18), a água ainda estava na metade da rua e à tarde, o rio já havia retornado para o leito. “Acredito que até amanhã [quarta] já esteja bem longe da rua”.

Com a enchente, as aulas da Emei Princesinha e da Emef Princesa Isabel, que ficam no mesmo local, no bairro Barrinha, foram suspensas por dois dias, mas serão retomadas nesta quarta-feira (19). No domingo (16), o nível do Rio dos Sinos na ponte da Barrinha chegou a 7,34 metros, o que fez com que a água invadisse as ruas do entorno das escolas. O transbordo do rio ocorre a partir dos 7,20 metros. Em junho, o rio havia alcançado 7,60 metros no dia 18.

Ruas bloqueadas

Em Novo Hamburgo, a Rua Bruno Werner Storck seguia bloqueada para trânsito de veículos por conta do alagamento. A água nesta tarde estava no nível do meio fio, mas a liberação para passagem de carros e ônibus faria com que os automóveis jogassem água para dentro das casas.

“O maior problema aqui é que jogam muito lixo. Pessoas vêm de outros lugares e descartam tudo quanto é coisa aqui, sofá, guarda-roupas. Assim, os bueiros ficam todos entupidos e a água não desce”, comenta o morador Alexandre Diogo.



A Rua Alcido Osmar Klein, em Lomba Grande, ainda está tomada pela água e baixando lentamente. Carros ainda não passam e moradores precisam de botas para deixarem suas residências.

Delmar Schirmer, de 60 anos, trabalha com reciclagem e aproveitou a tarde de sol para secar os papelões atingidos pela água. “No mês passado, perdi tudo o que tinha dentro de casa, é muito triste. Tô aqui há mais de 30 anos e aquela foi a segunda grande enchente que atingiu a minha casa, a outra foi em 2013. Agora só molhou os papelões e isso eu recupero”, conta.



Recuando

Em São Leopoldo, o nível do Rio dos Sinos estabilizou e já começava a baixar lentamente. Medição às 18h15 de terça-feira (18) apontava o rio em 4,95 metros (o nível normal é de 2 a 2,5m), pequeno declínio de quatro centímetros em relação à noite de segunda.

Apesar de o rio já demonstrar recuo no nível, a Defesa Civil mantém o status de alerta para inundação, seguindo protocolos do Plano de Contingência (Placon). A água ainda inunda a Rua da Praia, no bairro Rio do Sinos e o fundo da Rua das Camélias, no Pinheiro.

O nível do Sinos chegou a 5 metros neste último ciclone, bem abaixo do registrado em 19 de junho, quando foi a 6,18 metros, atingindo centenas de famílias nos bairros ribeirinhos.

Frio ameniza nesta a partir desta quarta

Moradores de áreas afetadas pelo Rio dos Sinos em Campo Bom e Novo Hamburgo finalmente começam a voltar para a rotina. As águas que transbordaram na noite de sábado (15) começaram a retroceder na noite de segunda-feira (17), permitindo a retomada das atividades.

Em Campo Bom, a rua mais afetada era a Pio XII, no bairro Barrinha. Segundo moradores, o leito transbordou e subiu rapidamente na noite de sábado, porém, desta vez, a água não invadiu as casas. “Felizmente agora só subiu na calçada, mal entrou no pátio. No mês passado, a água entrou na casa e chegou na altura da janela”, contam Eva Teresinha Marques, de 69 anos, e o filho Adriano Marques Lobato, de 49.

Água que chegou na calçada, retrocedeu para o leito | Jornal NH



Água que chegou na calçada, retrocedeu para o leito

Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

Apesar de não haver perdas, houve transtornos e moradores precisaram da ajuda de retroescavadeiras da prefeitura para sair de casa. “Com a minha idade, eu não saio mais de casa para trabalhar em situações como essa. O que eu ganho não cobre os custos de remédios e outras coisas que podem acontecer se eu ficar doente”, acrescenta Eva, que é doméstica.

O filho André afirma que, durante a manhã desta terça-feira (18), a água ainda estava na metade da rua e à tarde, o rio já havia retornado para o leito. “Acredito que até amanhã [quarta] já esteja bem longe da rua”.

Com a enchente, as aulas da Emei Princesinha e da Emef Princesa Isabel, que ficam no mesmo local, no bairro Barrinha, foram suspensas por dois dias, mas serão retomadas nesta quarta-feira (19). No domingo (16), o nível do Rio dos Sinos na ponte da Barrinha chegou a 7,34 metros, o que fez com que a água invadisse as ruas do entorno das escolas. O transbordo do rio ocorre a partir dos 7,20 metros. Em junho, o rio havia alcançado 7,60 metros no dia 18.

Ruas bloqueadas

Em Novo Hamburgo, a Rua Bruno Werner Storck seguia bloqueada para trânsito de veículos por conta do alagamento. A água nesta tarde estava no nível do meio fio, mas a liberação para passagem de carros e ônibus faria com que os automóveis jogassem água para dentro das casas.

“O maior problema aqui é que jogam muito lixo. Pessoas vêm de outros lugares e descartam tudo quanto é coisa aqui, sofá, guarda-roupas. Assim, os bueiros ficam todos entupidos e a água não desce”, comenta o morador Alexandre Diogo.



A Rua Alcido Osmar Klein, em Lomba Grande, ainda está tomada pela água e baixando lentamente. Carros ainda não passam e moradores precisam de botas para deixarem suas residências.

Delmar Schirmer, de 60 anos, trabalha com reciclagem e aproveitou a tarde de sol para secar os papelões atingidos pela água. “No mês passado, perdi tudo o que tinha dentro de casa, é muito triste. Tô aqui há mais de 30 anos e aquela foi a segunda grande enchente que atingiu a minha casa, a outra foi em 2013. Agora só molhou os papelões e isso eu recupero”, conta.



Recuando

Em São Leopoldo, o nível do Rio dos Sinos estabilizou e já começava a baixar lentamente. Medição às 18h15 de terça-feira (18) apontava o rio em 4,95 metros (o nível normal é de 2 a 2,5m), pequeno declínio de quatro centímetros em relação à noite de segunda.

Apesar de o rio já demonstrar recuo no nível, a Defesa Civil mantém o status de alerta para inundação, seguindo protocolos do Plano de Contingência (Placon). A água ainda inunda a Rua da Praia, no bairro Rio do Sinos e o fundo da Rua das Camélias, no Pinheiro.

O nível do Sinos chegou a 5 metros neste último ciclone, bem abaixo do registrado em 19 de junho, quando foi a 6,18 metros, atingindo centenas de famílias nos bairros ribeirinhos.

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