Representantes da Terra Indígena Por Fi Ga, de São Leopoldo, participaram da 3ª Marcha das Mulheres Indígenas, em Brasília, esta semana. No total, 34 parentes e parentas da aldeia caingangue estiveram na ação, realizando uma mobilização histórica como definida pelos participantes.
Foto: Divulgação
Foram mais de 8 mil mulheres reunidas na capital federal para debater os desafios e propor novos diálogos na política indígena do Brasil.
Entre os pontos principais estavam a demarcação de terras e fim da violência contra os povos originários. Salete de Paula, coordenadora do Coletivo de Mulheres Indígenas Kaingang Por Fi Ga afirma a importância da ida delas para a Marcha. “Foi uma experiência muito forte”, descreve, citando o movimento como um local de grandes oportunidades. “São nessas organizações que aprendemos a nossa luta, e podemos fazer parcerias com nossos parentes. Fico muito feliz que estamos cada vez mais tendo forças para lutar pelos nossos direitos”, destacou.
De acordo com a Diretora de Prevenção e Enfrentamento à Violência, Lilian Conceição da Silva, mulher negra, nordestina, indígena Fulni-ô e teóloga, “a defesa dos direitos das mulheres indígenas é uma questão de defesa dos direitos humanos, fundamentalmente importante para assegurar a sobrevivência da vida humana.”
A iniciativa contou com o respaldo da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), que destinou uma emenda parlamentar para a sua realização através do Convênio entre o Coletivo Feminino Plural e a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres (Sepom), da Prefeitura Municipal de São Leopoldo.
As participantes da marcha retornaram à aldeia leopoldense nesta quinta-feira (14).
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