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1º DE OUTUBRO

Quem pode votar na eleição do Conselho Tutelar? Votação vai mobilizar mais de duas mil pessoas na região

Mais de 1,8 mil vão atuar no apoio e quase 300 são candidatos vão participar da eleição de domingo

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Publicado em: 29/09/2023 às 07h:00 Última atualização: 17/10/2023 às 22h:52
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A eleição dos novos conselheiros tutelares, que acontece neste domingo (1º), em todo País, irá mobilizar 1.827 pessoas para trabalharem como mesárias e nas equipes de apoio no dia do pleito nas cidades de circulação do Grupo Sinos.

Canoas, com 263 pessoas mobilizadas; Novo Hamburgo, com 200; Sapucaia do Sul, com 137; São Leopoldo, com 109; e Esteio, com 102; são os municípios que mais terão equipes atuando. O treinamento dos voluntários já aconteceu. Em Novo Hamburgo, por exemplo, a capacitação das equipes foi dia 19 na FTEC.

Treinamento de mesários já aconteceu nas cidades da região | Jornal NH



Treinamento de mesários já aconteceu nas cidades da região

Foto: Divulgação/Comdica

As mais de 40 cidades da região terão, ainda, 287 candidatos concorrendo a uma das vagas, que lhe credenciam a um mandato de quatro anos. O destaque fica para o número de candidatos de Linha Nova, que tem 14 concorrentes para uma cidade com pouco mais de 1,6 mil habitantes.

Todos os municípios elegem cinco nomes, com exceção de Canoas, que elege 20 conselheiros, e Novo Hamburgo e São Leopoldo, que elegem 10 membros cada. A reportagem não obteve os dados de Capela de Santana e Riozinho.

A campanha está nas ruas há mais de um mês e os candidatos têm estes últimos dias para mobilizar eleitores. O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) de cada cidade estabeleceu as regras das eleições, mas predominam o tradicional corpo a corpo, com a entrega de panfletos com as propostas e o número do candidato, e a mobilização de eleitores através das redes sociais.

Quem pode votar na eleição de conselheiros tutelares?

A votação não é obrigatória, mas todos os moradores com título de eleitor regularizado (domicílio atualizado) até o dia 7 de junho poderão votar. No domingo, das 8 às 17 horas, é preciso apresentar documento original oficial com foto ou e-título. Os locais de votação são divididos de acordo com a sessão eleitoral das eleições gerais do Tribunal Regional Eleitoral e podem ser conferidos nos sites das prefeituras.

Essa será a primeira vez que haverá o uso da urna eletrônica em todo o País. Entretanto, essa não é uma novidade para a maioria dos municípios da região, onde o uso da urna já ocorre há, pelo menos, dois pleitos.

Porém, em Tramandaí, Portão e Pareci Novo será a primeira vez que a urna eletrônica será usada em uma eleição do Conselho Tutelar. “A votação através da urna eletrônica representa uma facilidade enorme, afinal, o resultado sai na hora”, coloca a presidente do Comdica de Tramandaí, Raquel Soler.

Escolha importante

Assim como as votações municipais e estaduais são importantes, participar da escolha de um conselheiro municipal também é. A eleição, que ocorre em todo o País, vai eleger conselheiros que vão atuar no período de 2024 a 2028.

“Os conselheiros tutelares são fundamentais na garantia dos direitos das crianças e adolescentes e no enfrentamento dos mais diversos tipos de violências e violações que possam estar sofrendo ou sendo ameaçados”, afirma o diretor de Departamento de Políticas para Criança, Juventude e Adolescentes da Secretaria de Justiça e Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), João Pedro Albuquerque.

Conforme Albuquerque, embora a votação não seja obrigatória, é importante. “O dever de cuidado com nossas crianças e adolescentes é compartilhado entre as famílias, o poder público e a sociedade como um todo. Por isso, dia 1º de outubro, todo cidadão brasileiro tem um compromisso importantíssimo: a escolha dos novos conselheiros tutelares”, reforça.

A vereadora de Novo Hamburgo Semilda Melher dos Santos, a Tita, atuou por 11 anos como conselheira tutelar e acrescenta que a população precisa levar as eleições a sério. “O conselheiro é os olhos e os ouvidos dos promotores e juízes. São pessoas que farão de tudo para que a criança não vá parar em abrigos e não se afaste da família. É um trabalho realizado em conjunto com a população e, inclusive, com as escolas, que devem estar preparadas para perceber qualquer violência.”

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