O governo de Eduardo Leite informou que vai manter o programa gaúcho de escolas cívico-militares. O modelo foi criado por meio de lei, que prevê a adesão por consulta pública junto à comunidade escolar e a utilização de policiais militares da reserva como monitores.
Já no âmbito federal, foi anunciada a extinção do Programa Nacional das Escolas Cívicos-Militares (Pecim). Embora com metodologias semelhantes, as iniciativas utilizam mão de obra militar distinta: o programa federal usa militares das Forças Armadas, e o programa estadual, policiais da Brigada Militar.
Em Taquara, a Escola Cívico-Militar (Ecim) é vinculada ao programa federal, e o município já anunciou que buscará recursos para manter o modelo a partir de 2024. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), no total, 18 escolas integram essa modalidade de ensino. A reportagem solicitou a lista das instituições, mas ela não foi repassada pelo órgão.
Segundo o deputado federal tenente-coronel Luciano Zucco, autor da lei que criou a versão gaúcha do programa de escola cívico-militar, 56 unidades foram implementadas no Rio Grande do Sul desde então. O parlamentar acrescenta que há uma fila de espera de aproximadamente 50 municípios que desejam o modelo de ensino.
No entanto, há instituições que, apesar de terem mudado a nomenclatura para escola cívico-militar, nunca implantaram o modelo na prática. Esse é o caso da Escola Estadual Osvaldo Aranha, do bairro Ideal, em Novo Hamburgo. Com amplo apoio da comunidade escolar, aderiu ao projeto em 14 de setembro de 2021. mas até hoje não conta com a presença de militares para auxiliar na gestão do colégio. O Jornal NH questionou a Seduc sobre o assunto, mas não recebeu retorno.
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