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Professor da Liberato que luta contra câncer assiste a homenagem e fala com alunos: "Para a eternidade"

Não estava no roteiro, mas o professor Cícero decidiu conversar com estudantes e colegas de profissão

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Publicado em: 06/10/2023 às 16h:47 Última atualização: 17/10/2023 às 23h:38
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A emoção tomou conta dos corredores da Fundação Liberato Salzano Vieira da Cunha, na manhã desta sexta-feira (6), com a homenagem que os alunos realizaram ao professor Cícero Marcos Teixeira Júnior, que luta contra um câncer.

Reunidos no saguão do prédio do curso de Eletrotécnica, cerca de 200 estudantes, professores, funcionários e ex-alunos de Cícero cantaram “O Trio mais bonito da cidade”, um hino da Trio Eletro, equipe de gincana que teve o docente como um dos fundadores.

Alunos, professores, funcionários e ex-alunos se reuniram para homenagear professor Cícero; ao fundo, faixa com frase clássica do professor durante as gincanas | Jornal NH



Alunos, professores, funcionários e ex-alunos se reuniram para homenagear professor Cícero; ao fundo, faixa com frase clássica do professor durante as gincanas

Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

Com um celular empunhado, a ex-aluna Franciele Pereira fez uma videochamada e mostrou cada detalhe ao professor em tempo real. Ele está acamado e vive em uma condição de saúde frágil. A ligação durou em torno de 40 minutos, tempo suficiente para estudantes, ex-alunos e professores expressarem o sentimento de gratidão por tudo que o professor Cícero fez por cada estudante, pelo curso de Eletrotécnica e pela fundação.

A estudante Júlia Oberherr da Silva, 16, conheceu Cícero em 2023 e, apesar do curto período em que puderam conviver juntos, nutre um sentimento de amor por ele. “Vivemos tempo suficiente para que os ensinamentos do professor fiquem marcados para sempre na minha vida”, expressou. Já o estudante Francisco Flores Eilert, 16, guarda na memória as experiências de Cícero, em especial às demonstrações de força e vitalidade. “Ele sempre demonstrou muito amor à vida e mantém um olhar poético sobre as coisas do mundo”, disse.

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“Quando eu me transformar na décima estrela, aviso vocês”

Não estava no roteiro, mas o professor Cícero decidiu falar aos alunos e colegas de profissão. Ele expressou o sentimento de emoção por receber a homenagem, mas preparou todos para o desfecho dessa história. O depoimento emocionante também teve momentos de descontração, como quando fez uma pausa, ao ouvir o choro dos alunos no fundo, e colocou peso na voz: “Eu não morri ainda”. A fala arrancou risadas, que se misturaram ao tom embargado da voz de todos.

“Estou muito fraco, mas meu coração, quando vê todos reunidos, fica do tamanho do oceano. Estou indo embora, mas quero deixar a mensagem mais bonita do universo”, declarou. Cícero também falou sobre a vida e fez um apelo aos alunos e colegas. “Apesar de todas as dores, a vida é uma coisa poderosa. Que nós aprendamos a cuidar uns dos outros, como irmãos, para a eternidade”, disse.

Cicero finalizou com um recado: “Quando eu me transformar na décima estrela, aviso vocês!”. A menção à décima estrela tem relação ao número de conquistas da Trio Eletro nas gincanas da Fundação Liberato. De 1997, quando a equipe foi fundada por Cícero e pelo professor Taylor Barcellos Ferreira Bueno Junior, até agora, a Trio Eletro ganhou nove vezes a competição.

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