O Rio Grande do Sul vai fechar a safra 2022/23 com crescimento de 11,2% na produção de grãos. Segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Estado sairá de um patamar de 26,6 milhões de toneladas no ciclo 2021/22 para 29,5 milhões de toneladas projetados para a safra 2022/23.
A área destinada para a lavoura no Estado manteve-se praticamente estável, passando de 10 milhões de hectares para 10,2 milhões. Já a produtividade teve um crescimento de quase 10%, de 2.637 quilos por hectare para 2.881 quilos por hectare (9,3%).
Um dos produtos de destaque foi a soja. Os gaúchos aumentaram a área dedicada à lavoura de 6,3 milhões para 6,5 milhões de hectares. A Conab estimou um aumento de 38,6% na produtividade do setor e um salto de 9,1 milhões de toneladas do produto na safra anterior para 13 milhões na safra atual.
O Rio Grande do Sul também teve um aumento de 28,6% na produção de milho, passando de 2,9 milhões de toneladas para 3,7 milhões, informa a Conab.
O levantamento da safra de grãos da Conab registrou que a produção na região Sul do Brasil tem estimativa de crescimento, saltando de 66,3 milhões para 82,2 milhões — um incremento de 24,1% em relação à safra anterior.
No Brasil, a estimativa para a produção de grãos na safra 2022/23 é 17,4% maior que a do ciclo passado. A projeção é de um incremento de 47,4 milhões de toneladas nesta safra, integrando 320,1 milhões de toneladas colhidas.
Segundo a Conab, o resultado é reflexo da combinação dos ganhos de área e de produtividade das lavouras. Enquanto a área apresenta uma alta de 5% em relação à safra 2021/22, chegando a 78,3 milhões de hectares, a produtividade média registra uma elevação de 11,8%, saindo de 3.656 quilos por hectare para 4.086 kg/ha.
“Esse valor de 320,1 milhões de toneladas se deve, principalmente, ao avanço da colheita do milho segunda safra, que vem apresentando produtividades superiores às inicialmente previstas, aliado ao melhor desempenho das culturas ainda em campo. Portanto, reforça o recorde da safra brasileira de grãos”, explica o presidente da Conab, Edegar Pretto.
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