O Rio Grande do Sul está sob efeito de fortes chuvas desde o início deste mês. Entre esta quarta-feira (13) e a quinta-feira (14), um ciclone extratropical vai se formar na costa do Estado.
A MetSul Meteorologia explica que uma área de baixa pressão avançou nesta quarta-feira do Nordeste da Argentina e do Paraguai para o Rio Grande do Sul e reforçou a instabilidade no RS. Este centro de baixa pressão vai dar origem na quinta-feira a um ciclone sobre o Atlântico a Leste da costa gaúcha, em mar aberto.
Rota do ciclone na costa do Rio Grande do Sul
Da tarde para a noite de quinta, a área de baixa pressão estará sobre o Atlântico junto ao Sul de Santa Catarina e o litoral norte gaúcho, mas não será muito profunda.
Na madrugada e manhã de quinta, o centro de baixa se aprofunda no Oceano Atlântico a Leste do Rio Grande do Sul como um ciclone extratropical. “O modelo europeu projeta pressão mínima central de 997 hPa, logo não se trata de um ciclone intenso”, afirma a MetSul. No final da quinta-feira, o sistema deve ter pressão de 995 hPa.
Segundo a MetSul, o ciclone desta semana é diferente do que atingiu o território gaúcho em junho. “Ao contrário, o ciclone avançou do mar em direção ao continente e ficou por muitas horas rente à costa no Litoral Norte com grande intensidade antes de se distanciar para Leste, o que não vai ocorrer agora.”
Chuva é a maior preocupação
A MetSul enfatiza que a baixa pressão que dará origem ao ciclone já trouxe nesta quarta-feira muita chuva no Rio Grande do Sul e as precipitações seguem da tarde para a noite.
Entre a tarde e a noite, o vento se intensifica. As rajadas devem ficar entre 50 km/h e 80 km/h, mas localmente serão superiores, na costa e na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Nas áreas mais elevadas dos Campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul e do Planalto Sul Catarinense o vento pode ficar perto ou acima de 100 km/h.
A MetSul alerta ainda para o risco de queda de árvores, devido ao solo saturado de umidade pelo excesso de chuva dos últimos dias.
Entre quinta e sexta-feira, o ciclone começa a adquirir maior extensão e intensidade sobre o Oceano Atlântico e se afastará do continente.
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