A formação de um novo ciclone extratropical influenciará o tempo no Rio Grande do Sul entre esta quarta e quinta-feira (27). De acordo com a Metsul Meteorologia, dessa vez o sistema se forma na região do Rio da Prata e se distanciará rapidamente do continente na direção sudeste. Esse é quarto ciclone em 60 dias.
No entanto, os especialistas afirmam que, diferente do fenômeno que atingiu o Estado em junho e também dias 12 e 13 de julho, a trajetória será diferente. Este ciclone, além de não ser tão intenso como de duas semanas atrás, vai se formar junto ao litoral do Uruguai, ou seja, centenas de quilômetros ao Sul.
Terá estragos?
Entretanto, o sistema trará chuva e vento para o RS. A Metsul afirma que os dados analisados não indicam cenário de maior preocupação, pois a severidade é bem menos se comparado aos episódios anteriores que somados causaram 24 mortes no Estado.
Não deve acontecer chuva em grandes volumes e o vento não será tão forte ao ponto de gerar estragos. No geral, será uma chuva normal e vento nada distante do que costuma ocorrer no ingresso de ar mais frio.
No entanto, segundo a Metsul pode acontecer temporais isolados na metade norte gaúcha na passagem da frente fria associada ao ciclone que vai cruzar o Estado nesta quarta. Com isso, nessa região pode ter ventos fortes.
A Defesa Civil gaúcha emitiu um alerta para chuva forte, descargas elétricas, rajadas de ventos e eventual queda de granizo na metade Sul, Missões, Leste e Centro do Estado. Válido até às 10 horas desta quarta. A orientação é para buscar ajuda pelo 190 ou 193 em caso de emergência.
Alerta para chuva forte, descargas elétricas, rajadas de ventos e eventual queda de granizo na metade Sul, Missões, Leste e Centro do Estado. Válido até às 10h do dia 26/07/23.
Emergência ligue 190/193. pic.twitter.com/Nf9EY9F7Yk
— Defesa Civil RS (@DefesaCivilRS) July 25, 2023
O vento decorrente do ciclone sequer pode ser comparado ao do episódio de duas semanas atrás, quando atingiu 150 km/h em Rio Grande e nos Campos de Cima da Serra. Será fraco a ocasionalmente moderado na esmagadora maioria das cidades gaúchas. No Litoral Sul, pode ter rajadas de 50 km/h a 70 km/h. Em Porto Alegre e no Litoral Norte não se observa cenário de risco de vento intenso capaz de gerar danos ou transtornos.
Conforme a Metsul, o vento mais forte do ciclone, de 70 km/h a 90 km/h, tende a se concentrar na costa uruguaia, mas não em todo o litoral daquele país. As rajadas mais fortes devem ocorrer na costa de Maldonado e em áreas mais ao Sul do litoral do departamento de Rocha.
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