CALOR EXTREMO
PREVISÃO DO TEMPO: Bolha de calor chega ao Brasil nesta semana e cidades devem registrar temperaturas de até 45°C
"Recordes mensais, e em algumas cidades até absolutos, podem cair neste evento de calor extremo", prevê a MetSul Meteorologia; confira as regiões que vão ser atingidas
Última atualização: 18/10/2023 00:38
A chegada de uma onda de calor será sentida no Brasil nos próximos dias, quando as máximas registradas serão de 43°C a 45°C na região Centro-Oeste. Essa bolha de ar extremamente quente está instalada no interior da América do Sul, com temperaturas que se aproximam dos 47°C.
De acordo com a MetSul Meteorologia, esse bolsão de calor irá migrar do Norte da Argentina, Paraguai e Bolívia para a região central brasileira. Com isso, muitos estados vão ter máximas acima de 40°C.
As temperaturas altíssimas devem quebrar recordes no Centro-Oeste. Em Cuiabá, por exemplo, os termômetros devem marcar até 45°C na segunda metade desta semana, sendo que, até então, o recorde histórico de máxima, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é de 44,0ºC em 30 de setembro de 2020.
"A maior temperatura registrada oficialmente até hoje no Brasil foi de 44,8°C em Nova Maringá, Mato Grosso, em 4 e 5 de novembro de 2020", explicam os meteorologistas da MetSul. "Recordes mensais, e em algumas cidades até absolutos, podem cair neste evento de calor extremo."
As cidades mais atingidas devem ser do do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Rondônia, Tocantins, interior da Bahia, Oeste do Triângulo Mineiro, Maranhão, Piauí e pontos isolados do Pará e do Sudoeste do estado do Amazonas.
Já no Sudeste fará calor, mas não com a mesma intensidade. No Sul, no entanto, as áreas do Norte e do Oeste do Paraná podem ter tardes muito quentes, mas, no geral, não haverá calor na região. "O que a massa de ar quente excepcional no interior do continente fará é garantir energia para a formação de novas áreas de instabilidade na região [Sul] com chuva forte e tempestades", relatam os especialistas.
Bolha de calor
Conforme a MetSul, estudos sugerem que a mudança climática está aumentando a frequência de cúpulas de calor intensas, "bombeando-as para mais alto na atmosfera, algo não muito diferente de adicionar mais ar quente a um balão de ar já aquecido". Por isso, algumas pesquisas apontam, inclusive, aumento da intensidade, duração e frequência de ondas de calor no Brasil e ao redor do mundo.
"Uma bolha de calor ocorre com áreas de alta pressão que atuam como cúpulas de calor, e têm ar descendente (subsidência). Isso comprime o ar no solo e através da compressão aquece a coluna de ar. Em suma, uma cúpula de calor é criada quando uma área de alta pressão permanece sobre a mesma área por dias ou até semanas, prendendo ar muito quente por baixo assim como uma tampa em uma panela", explicam os meteorologistas.