Diante das trocas no governo federal e ainda sem concluir o licenciamento ambiental, a DTA Engenharia prevê que a inauguração do novo porto meridional de Arroio do Sal ficará para 2026. Apesar de estender os prazos originais, o proprietário da DTA Engenharia Portuária e Ambiental, João Acácio Gomes de Oliveira Neto, garante que o projeto está “andando muito bem”.
Foto: Divulgação
A DTA, única brasileira especializada em engenharia portuária, foi a empresa escolhida por um grupo de investidores para executar o projeto de R$ 6 bilhões.
O projeto já recebeu o apoio da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom, Estância Velha e Dois Irmãos (ACI) e da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), já que o polo metalmecânico é um dos principais interessados no empreendimento. A obra também tem o aval da Assembleia Legislativa, que lançou a Frente Parlamentar em Apoio à Implantação do Porto Meridional.
Etapa final
Oliveira informa que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) deverá aprovar a proposta de construção do porto nas próximas semanas. Além disso, o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) já tramitam no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Foto: Débora Ertel/GES-Especial
Conforme a assessoria de imprensa da Antaq, o processo do terminal de Arroio do Sal está na etapa final da análise técnica para abertura de anúncio público. Após essa etapa, será publicado o anúncio e começará a contar o prazo de 30 dias para eventuais manifestações sobre o empreendimento. Também será realizada uma análise técnica sobre a viabilidade de localização. Já o Ibama não se manifestou até o fechamento desta edição.
Nesta quinta-feira (20), Oliveira tem agenda com o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio Franca, para tratar de outras obras executadas pela DTA. “Também vou falar do Porto de Arroio do Sal, pois o ministério está convencido que este projeto é importante e necessário”, pondera. De acordo com ele, 70% do potencial de carga já está comprometido com empresas que firmaram interesse na obra, incluindo operações gaúchas e do Oeste catarinense.
Oliveira acredita que até o final de setembro sejam realizadas as audiências públicas no litoral para receber as demandas dos moradores da área relacionada ao novo porto. Ele também aposta que o Ibama emita a licença prévia até o final do ano. Este documento atesta a viabilidade ambiental do empreendimento.
A DTA já trabalha no protótipo do quebra-mar do futuro porto, com provas em tanques que serão testadas em Ottawa, no Canadá. O paredão deverá ter 19 metros de profundidade.
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