ECONOMIA
Por que o comércio está com medo da mudança nos juros do rotativo do cartão de crédito?
Setor teme efeito de retração no consumo; entenda
Última atualização: 17/10/2023 20:40
O rotativo do cartão - espécie de crédito quando não pagamos o valor total da fatura - está na mira do Banco Central e do Ministério da Fazenda. Há, inclusive, um projeto de lei em análise na Câmara dos Deputados esta semana para que se possa limitar a taxa de juros do rotativo.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou em agosto que tem buscado soluções para o tema. Mas uma das propostas seria acabar com uma das modalidades favoritas de compra dos brasileiros: o parcelamento sem juros.
Ainda é uma teoria, mas o comércio já está em alerta.
"Existe uma tese que as pessoas caem no rotativo em virtude do parcelamento sem juros no cartão, que quanto mais parcelam, mais difícil fica de se coordenarem financeiramente para pagar. E há um medo do comércio que essa modalidade de pagamento acabe. Hoje, o parcelado sem juros é uma ferramenta vital para o comércio. É necessariamente uma forma de viabilizar as vendas para o consumidor. Tem a ver também com competição, as maquininhas baixaram as taxas de juros com antecipação de faturas", explica a economista-chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo.
Ainda segundo Patrícia, o Banco Central deve apresentar uma solução nos próximos 60 dias.
"O que vai se fazer é engendrar uma arquitetura de crédito que consiga resolver o problema do rotativo sem gerar um caos para o mercado de crédito e de vendas no varejo. O que o Banco Central vai dizer será muito importante para o que vai acontecer daqui para frente. O maior ponto não é o rotativo, mas o que isso vai implicar no parcelado à vista", avalia.
Na região
Lojistas da região já estão preocupados. O proprietário de uma loja de vestuário e acessórios em Novo Hamburgo, Valmir Gonçalves, acredita que a medida "diminuiria o poder de compra de quem paga certinho e não gosta de pagar juros."
O empreendedor de Esteio Jonas Santos, que atua no ramo de eletrônicos, também é contra o fim do parcelamento sem juros. "Afetaria muito o comércio, especialmente em compras de maior valor. Acredito que o endividamento tenha mais a ver com educação financeira mesmo."
Febraban culpa maquininhas independentes
O rotativo do cartão - espécie de crédito quando não pagamos o valor total da fatura - está na mira do Banco Central e do Ministério da Fazenda. Há, inclusive, um projeto de lei em análise na Câmara dos Deputados esta semana para que se possa limitar a taxa de juros do rotativo.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou em agosto que tem buscado soluções para o tema. Mas uma das propostas seria acabar com uma das modalidades favoritas de compra dos brasileiros: o parcelamento sem juros.
Ainda é uma teoria, mas o comércio já está em alerta.
"Existe uma tese que as pessoas caem no rotativo em virtude do parcelamento sem juros no cartão, que quanto mais parcelam, mais difícil fica de se coordenarem financeiramente para pagar. E há um medo do comércio que essa modalidade de pagamento acabe. Hoje, o parcelado sem juros é uma ferramenta vital para o comércio. É necessariamente uma forma de viabilizar as vendas para o consumidor. Tem a ver também com competição, as maquininhas baixaram as taxas de juros com antecipação de faturas", explica a economista-chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo.
Ainda segundo Patrícia, o Banco Central deve apresentar uma solução nos próximos 60 dias.
"O que vai se fazer é engendrar uma arquitetura de crédito que consiga resolver o problema do rotativo sem gerar um caos para o mercado de crédito e de vendas no varejo. O que o Banco Central vai dizer será muito importante para o que vai acontecer daqui para frente. O maior ponto não é o rotativo, mas o que isso vai implicar no parcelado à vista", avalia.
Na região
Lojistas da região já estão preocupados. O proprietário de uma loja de vestuário e acessórios em Novo Hamburgo, Valmir Gonçalves, acredita que a medida "diminuiria o poder de compra de quem paga certinho e não gosta de pagar juros."
O empreendedor de Esteio Jonas Santos, que atua no ramo de eletrônicos, também é contra o fim do parcelamento sem juros. "Afetaria muito o comércio, especialmente em compras de maior valor. Acredito que o endividamento tenha mais a ver com educação financeira mesmo."
Entidades avaliam cenário e defendem parcelamento
O rotativo do cartão - espécie de crédito quando não pagamos o valor total da fatura - está na mira do Banco Central e do Ministério da Fazenda. Há, inclusive, um projeto de lei em análise na Câmara dos Deputados esta semana para que se possa limitar a taxa de juros do rotativo.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou em agosto que tem buscado soluções para o tema. Mas uma das propostas seria acabar com uma das modalidades favoritas de compra dos brasileiros: o parcelamento sem juros.
Ainda é uma teoria, mas o comércio já está em alerta.
"Existe uma tese que as pessoas caem no rotativo em virtude do parcelamento sem juros no cartão, que quanto mais parcelam, mais difícil fica de se coordenarem financeiramente para pagar. E há um medo do comércio que essa modalidade de pagamento acabe. Hoje, o parcelado sem juros é uma ferramenta vital para o comércio. É necessariamente uma forma de viabilizar as vendas para o consumidor. Tem a ver também com competição, as maquininhas baixaram as taxas de juros com antecipação de faturas", explica a economista-chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo.
Ainda segundo Patrícia, o Banco Central deve apresentar uma solução nos próximos 60 dias.
"O que vai se fazer é engendrar uma arquitetura de crédito que consiga resolver o problema do rotativo sem gerar um caos para o mercado de crédito e de vendas no varejo. O que o Banco Central vai dizer será muito importante para o que vai acontecer daqui para frente. O maior ponto não é o rotativo, mas o que isso vai implicar no parcelado à vista", avalia.
Na região
Lojistas da região já estão preocupados. O proprietário de uma loja de vestuário e acessórios em Novo Hamburgo, Valmir Gonçalves, acredita que a medida "diminuiria o poder de compra de quem paga certinho e não gosta de pagar juros."
O empreendedor de Esteio Jonas Santos, que atua no ramo de eletrônicos, também é contra o fim do parcelamento sem juros. "Afetaria muito o comércio, especialmente em compras de maior valor. Acredito que o endividamento tenha mais a ver com educação financeira mesmo."