EDUCAÇÃO
Os desafios de inserir o ensino médio na jornada integral
Ensino Médio Gaúcho em Tempo Integral é proposta do governo estadual para melhorar a educação para os adolescentes
Última atualização: 17/10/2023 16:02
Se a adolescência é tida como um ciclo marcado por mudanças e descobertas, o ensino médio tem mantido essas características e vem desafiando gestores públicos e especialistas em educação. Tanto que a implantação do novo ensino médio foi freada pelo Ministério da Educação (MEC) e passou por um processo de consulta pública, finalizado em 6 de julho.
Além disso, o ensino médio se depara com o avanço da tecnologia e a necessidade de entrada no mercado de trabalho. Neste contexto, a meta 6 do Plano Nacional de Educação, que prevê até 2024 educação em tempo integral em no mínimo 50% das escolas públicas, de modo a atender a, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica, ainda não chegou ao ensino médio.
Conforme dados do Censo Escolar 2022, apenas 2,16% dos estudantes de ensino médio da rede pública, que é atendida pelo Estado, acessavam a educação integral na região no ano passado. Em todo o Rio Grande do Sul, eram 18 escolas integrais, o que contemplava cerca de 1% da rede. Em 2023, são 111 instituições que passaram a ofertar ensino integral, sendo 13 delas na região e o percentual deve chegar a 10% dos alunos.
Na última reportagem da série que fala sobre o ensino integral, o tema é o cumprimento da meta 6 no ensino médio e o desafio que o governo gaúcho tem pela frente. Ao contrário do ensino fundamental, onde a responsabilidade pelo atendimento é compartilhada com as prefeituras, no ensino médio a tarefa é da Secretaria Estadual de Educação (Seduc).Para correr atrás do prejuízo, o Estado tem como meta que metade das escolas estaduais de ensino médio ofertem educação integral até 2026. É o programa Ensino Médio Gaúcho em Tempo Integral (EMGTI), iniciativa que a Seduc aposta suas fichas para melhorar o desempenho da educação gaúcha.
As matrículas serão ampliadas gradativamente, como explica o subsecretário de Desenvolvimento da Educação, Marcelo Jerônimo, sempre iniciando pela turma do primeiro ano, de modo a ter uma continuidade. “Não é simplesmente aumentar a jornada. Deixar o aluno mais tempo dentro da escola somente não resolve o problema”, pondera.
Escola de Campo Bom é exceção no Estado
Desde 2018, a Escola Estadual de Ensino Médio Fernando Ferrari, em Campo Bom, passou a ofertar o ensino integral. O que no início foi um grande laboratório de experimentos para encontrar o melhor caminho, hoje é um projeto que vem se consolidando e inspirando outras escolas.
O colégio, fundado em 1975, já chegou a ter 1,2 mil alunos. Hoje, tem 287 estudantes, com 170 matrículas no integral e o restante no turno noturno.
Como explicam a diretora Maristela Brentano e o supervisor Jorge Mathias, não havia uma organização pré-definida de como deveria ser a rotina do jovem dentro da escola em tempo integral quando a novidade chegou há mais de quatro anos. Ou seja, não existia um planejamento pedagógico pronto, situação que exigiu muita conversa e versatilidade da equipe de professores.
A partir daquilo que era vivido no dia a dia, o Fernando Ferrari percebeu que era necessário uma metodologia que aglutinasse todas as vivências, de modo a dar um norte ao trabalho. E é isso, na avaliação de Maristela e Mathias, que a Seduc está organizando agora por meio do programa Ensino Médio Gaúcho em Tempo Integral. “É a escola da escolha. É algo simples, mas que precisa ser estudado e pensado”, ponderam.
Para os educadores, a grande “sacada” é trabalhar com o jovem um projeto de vida, que vai além de um projeto de carreira. Agora, de acordo com eles, o objetivo é mostrar que esse novo jeito de ensinar também traz resultados nas avaliações, em especial, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O ensino médio na rede estadual teve o Ideb 4,1, enquanto que a meta estipulada pelo MEC é de 5,2.
No Brasil, nenhum estado alcançou a meta e o melhor resultado registrado em 2021, última avaliação, foi do Paraná, com 4,6. O pior resultado é do Rio Grande do Norte, com 2,8. No cenário nacional, o ensino médio gaúcho ocupa a sétima posição.
Ganhos que vão além do Ideb
Se a adolescência é tida como um ciclo marcado por mudanças e descobertas, o ensino médio tem mantido essas características e vem desafiando gestores públicos e especialistas em educação. Tanto que a implantação do novo ensino médio foi freada pelo Ministério da Educação (MEC) e passou por um processo de consulta pública, finalizado em 6 de julho.
Além disso, o ensino médio se depara com o avanço da tecnologia e a necessidade de entrada no mercado de trabalho. Neste contexto, a meta 6 do Plano Nacional de Educação, que prevê até 2024 educação em tempo integral em no mínimo 50% das escolas públicas, de modo a atender a, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica, ainda não chegou ao ensino médio.
Conforme dados do Censo Escolar 2022, apenas 2,16% dos estudantes de ensino médio da rede pública, que é atendida pelo Estado, acessavam a educação integral na região no ano passado. Em todo o Rio Grande do Sul, eram 18 escolas integrais, o que contemplava cerca de 1% da rede. Em 2023, são 111 instituições que passaram a ofertar ensino integral, sendo 13 delas na região e o percentual deve chegar a 10% dos alunos.
Na última reportagem da série que fala sobre o ensino integral, o tema é o cumprimento da meta 6 no ensino médio e o desafio que o governo gaúcho tem pela frente. Ao contrário do ensino fundamental, onde a responsabilidade pelo atendimento é compartilhada com as prefeituras, no ensino médio a tarefa é da Secretaria Estadual de Educação (Seduc).Para correr atrás do prejuízo, o Estado tem como meta que metade das escolas estaduais de ensino médio ofertem educação integral até 2026. É o programa Ensino Médio Gaúcho em Tempo Integral (EMGTI), iniciativa que a Seduc aposta suas fichas para melhorar o desempenho da educação gaúcha.
As matrículas serão ampliadas gradativamente, como explica o subsecretário de Desenvolvimento da Educação, Marcelo Jerônimo, sempre iniciando pela turma do primeiro ano, de modo a ter uma continuidade. “Não é simplesmente aumentar a jornada. Deixar o aluno mais tempo dentro da escola somente não resolve o problema”, pondera.
Escola de Campo Bom é exceção no Estado
Desde 2018, a Escola Estadual de Ensino Médio Fernando Ferrari, em Campo Bom, passou a ofertar o ensino integral. O que no início foi um grande laboratório de experimentos para encontrar o melhor caminho, hoje é um projeto que vem se consolidando e inspirando outras escolas.
O colégio, fundado em 1975, já chegou a ter 1,2 mil alunos. Hoje, tem 287 estudantes, com 170 matrículas no integral e o restante no turno noturno.
Como explicam a diretora Maristela Brentano e o supervisor Jorge Mathias, não havia uma organização pré-definida de como deveria ser a rotina do jovem dentro da escola em tempo integral quando a novidade chegou há mais de quatro anos. Ou seja, não existia um planejamento pedagógico pronto, situação que exigiu muita conversa e versatilidade da equipe de professores.
A partir daquilo que era vivido no dia a dia, o Fernando Ferrari percebeu que era necessário uma metodologia que aglutinasse todas as vivências, de modo a dar um norte ao trabalho. E é isso, na avaliação de Maristela e Mathias, que a Seduc está organizando agora por meio do programa Ensino Médio Gaúcho em Tempo Integral. “É a escola da escolha. É algo simples, mas que precisa ser estudado e pensado”, ponderam.
Para os educadores, a grande “sacada” é trabalhar com o jovem um projeto de vida, que vai além de um projeto de carreira. Agora, de acordo com eles, o objetivo é mostrar que esse novo jeito de ensinar também traz resultados nas avaliações, em especial, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O ensino médio na rede estadual teve o Ideb 4,1, enquanto que a meta estipulada pelo MEC é de 5,2.
No Brasil, nenhum estado alcançou a meta e o melhor resultado registrado em 2021, última avaliação, foi do Paraná, com 4,6. O pior resultado é do Rio Grande do Norte, com 2,8. No cenário nacional, o ensino médio gaúcho ocupa a sétima posição.
Saiba mais sobre a escola
Se a adolescência é tida como um ciclo marcado por mudanças e descobertas, o ensino médio tem mantido essas características e vem desafiando gestores públicos e especialistas em educação. Tanto que a implantação do novo ensino médio foi freada pelo Ministério da Educação (MEC) e passou por um processo de consulta pública, finalizado em 6 de julho.
Além disso, o ensino médio se depara com o avanço da tecnologia e a necessidade de entrada no mercado de trabalho. Neste contexto, a meta 6 do Plano Nacional de Educação, que prevê até 2024 educação em tempo integral em no mínimo 50% das escolas públicas, de modo a atender a, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica, ainda não chegou ao ensino médio.
Conforme dados do Censo Escolar 2022, apenas 2,16% dos estudantes de ensino médio da rede pública, que é atendida pelo Estado, acessavam a educação integral na região no ano passado. Em todo o Rio Grande do Sul, eram 18 escolas integrais, o que contemplava cerca de 1% da rede. Em 2023, são 111 instituições que passaram a ofertar ensino integral, sendo 13 delas na região e o percentual deve chegar a 10% dos alunos.
Na última reportagem da série que fala sobre o ensino integral, o tema é o cumprimento da meta 6 no ensino médio e o desafio que o governo gaúcho tem pela frente. Ao contrário do ensino fundamental, onde a responsabilidade pelo atendimento é compartilhada com as prefeituras, no ensino médio a tarefa é da Secretaria Estadual de Educação (Seduc).Para correr atrás do prejuízo, o Estado tem como meta que metade das escolas estaduais de ensino médio ofertem educação integral até 2026. É o programa Ensino Médio Gaúcho em Tempo Integral (EMGTI), iniciativa que a Seduc aposta suas fichas para melhorar o desempenho da educação gaúcha.
As matrículas serão ampliadas gradativamente, como explica o subsecretário de Desenvolvimento da Educação, Marcelo Jerônimo, sempre iniciando pela turma do primeiro ano, de modo a ter uma continuidade. “Não é simplesmente aumentar a jornada. Deixar o aluno mais tempo dentro da escola somente não resolve o problema”, pondera.
Escola de Campo Bom é exceção no Estado
Desde 2018, a Escola Estadual de Ensino Médio Fernando Ferrari, em Campo Bom, passou a ofertar o ensino integral. O que no início foi um grande laboratório de experimentos para encontrar o melhor caminho, hoje é um projeto que vem se consolidando e inspirando outras escolas.
O colégio, fundado em 1975, já chegou a ter 1,2 mil alunos. Hoje, tem 287 estudantes, com 170 matrículas no integral e o restante no turno noturno.
Como explicam a diretora Maristela Brentano e o supervisor Jorge Mathias, não havia uma organização pré-definida de como deveria ser a rotina do jovem dentro da escola em tempo integral quando a novidade chegou há mais de quatro anos. Ou seja, não existia um planejamento pedagógico pronto, situação que exigiu muita conversa e versatilidade da equipe de professores.
A partir daquilo que era vivido no dia a dia, o Fernando Ferrari percebeu que era necessário uma metodologia que aglutinasse todas as vivências, de modo a dar um norte ao trabalho. E é isso, na avaliação de Maristela e Mathias, que a Seduc está organizando agora por meio do programa Ensino Médio Gaúcho em Tempo Integral. “É a escola da escolha. É algo simples, mas que precisa ser estudado e pensado”, ponderam.
Para os educadores, a grande “sacada” é trabalhar com o jovem um projeto de vida, que vai além de um projeto de carreira. Agora, de acordo com eles, o objetivo é mostrar que esse novo jeito de ensinar também traz resultados nas avaliações, em especial, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O ensino médio na rede estadual teve o Ideb 4,1, enquanto que a meta estipulada pelo MEC é de 5,2.
No Brasil, nenhum estado alcançou a meta e o melhor resultado registrado em 2021, última avaliação, foi do Paraná, com 4,6. O pior resultado é do Rio Grande do Norte, com 2,8. No cenário nacional, o ensino médio gaúcho ocupa a sétima posição.
É preciso conhecer o adolescente
Se a adolescência é tida como um ciclo marcado por mudanças e descobertas, o ensino médio tem mantido essas características e vem desafiando gestores públicos e especialistas em educação. Tanto que a implantação do novo ensino médio foi freada pelo Ministério da Educação (MEC) e passou por um processo de consulta pública, finalizado em 6 de julho.
Além disso, o ensino médio se depara com o avanço da tecnologia e a necessidade de entrada no mercado de trabalho. Neste contexto, a meta 6 do Plano Nacional de Educação, que prevê até 2024 educação em tempo integral em no mínimo 50% das escolas públicas, de modo a atender a, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica, ainda não chegou ao ensino médio.
Conforme dados do Censo Escolar 2022, apenas 2,16% dos estudantes de ensino médio da rede pública, que é atendida pelo Estado, acessavam a educação integral na região no ano passado. Em todo o Rio Grande do Sul, eram 18 escolas integrais, o que contemplava cerca de 1% da rede. Em 2023, são 111 instituições que passaram a ofertar ensino integral, sendo 13 delas na região e o percentual deve chegar a 10% dos alunos.
Na última reportagem da série que fala sobre o ensino integral, o tema é o cumprimento da meta 6 no ensino médio e o desafio que o governo gaúcho tem pela frente. Ao contrário do ensino fundamental, onde a responsabilidade pelo atendimento é compartilhada com as prefeituras, no ensino médio a tarefa é da Secretaria Estadual de Educação (Seduc).Para correr atrás do prejuízo, o Estado tem como meta que metade das escolas estaduais de ensino médio ofertem educação integral até 2026. É o programa Ensino Médio Gaúcho em Tempo Integral (EMGTI), iniciativa que a Seduc aposta suas fichas para melhorar o desempenho da educação gaúcha.
As matrículas serão ampliadas gradativamente, como explica o subsecretário de Desenvolvimento da Educação, Marcelo Jerônimo, sempre iniciando pela turma do primeiro ano, de modo a ter uma continuidade. “Não é simplesmente aumentar a jornada. Deixar o aluno mais tempo dentro da escola somente não resolve o problema”, pondera.
Escola de Campo Bom é exceção no Estado
Desde 2018, a Escola Estadual de Ensino Médio Fernando Ferrari, em Campo Bom, passou a ofertar o ensino integral. O que no início foi um grande laboratório de experimentos para encontrar o melhor caminho, hoje é um projeto que vem se consolidando e inspirando outras escolas.
O colégio, fundado em 1975, já chegou a ter 1,2 mil alunos. Hoje, tem 287 estudantes, com 170 matrículas no integral e o restante no turno noturno.
Como explicam a diretora Maristela Brentano e o supervisor Jorge Mathias, não havia uma organização pré-definida de como deveria ser a rotina do jovem dentro da escola em tempo integral quando a novidade chegou há mais de quatro anos. Ou seja, não existia um planejamento pedagógico pronto, situação que exigiu muita conversa e versatilidade da equipe de professores.
A partir daquilo que era vivido no dia a dia, o Fernando Ferrari percebeu que era necessário uma metodologia que aglutinasse todas as vivências, de modo a dar um norte ao trabalho. E é isso, na avaliação de Maristela e Mathias, que a Seduc está organizando agora por meio do programa Ensino Médio Gaúcho em Tempo Integral. “É a escola da escolha. É algo simples, mas que precisa ser estudado e pensado”, ponderam.
Para os educadores, a grande “sacada” é trabalhar com o jovem um projeto de vida, que vai além de um projeto de carreira. Agora, de acordo com eles, o objetivo é mostrar que esse novo jeito de ensinar também traz resultados nas avaliações, em especial, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O ensino médio na rede estadual teve o Ideb 4,1, enquanto que a meta estipulada pelo MEC é de 5,2.
No Brasil, nenhum estado alcançou a meta e o melhor resultado registrado em 2021, última avaliação, foi do Paraná, com 4,6. O pior resultado é do Rio Grande do Norte, com 2,8. No cenário nacional, o ensino médio gaúcho ocupa a sétima posição.
Modelo gaúcho ainda está em construção
Se a adolescência é tida como um ciclo marcado por mudanças e descobertas, o ensino médio tem mantido essas características e vem desafiando gestores públicos e especialistas em educação. Tanto que a implantação do novo ensino médio foi freada pelo Ministério da Educação (MEC) e passou por um processo de consulta pública, finalizado em 6 de julho.
Além disso, o ensino médio se depara com o avanço da tecnologia e a necessidade de entrada no mercado de trabalho. Neste contexto, a meta 6 do Plano Nacional de Educação, que prevê até 2024 educação em tempo integral em no mínimo 50% das escolas públicas, de modo a atender a, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica, ainda não chegou ao ensino médio.
Conforme dados do Censo Escolar 2022, apenas 2,16% dos estudantes de ensino médio da rede pública, que é atendida pelo Estado, acessavam a educação integral na região no ano passado. Em todo o Rio Grande do Sul, eram 18 escolas integrais, o que contemplava cerca de 1% da rede. Em 2023, são 111 instituições que passaram a ofertar ensino integral, sendo 13 delas na região e o percentual deve chegar a 10% dos alunos.
Na última reportagem da série que fala sobre o ensino integral, o tema é o cumprimento da meta 6 no ensino médio e o desafio que o governo gaúcho tem pela frente. Ao contrário do ensino fundamental, onde a responsabilidade pelo atendimento é compartilhada com as prefeituras, no ensino médio a tarefa é da Secretaria Estadual de Educação (Seduc).Para correr atrás do prejuízo, o Estado tem como meta que metade das escolas estaduais de ensino médio ofertem educação integral até 2026. É o programa Ensino Médio Gaúcho em Tempo Integral (EMGTI), iniciativa que a Seduc aposta suas fichas para melhorar o desempenho da educação gaúcha.
As matrículas serão ampliadas gradativamente, como explica o subsecretário de Desenvolvimento da Educação, Marcelo Jerônimo, sempre iniciando pela turma do primeiro ano, de modo a ter uma continuidade. “Não é simplesmente aumentar a jornada. Deixar o aluno mais tempo dentro da escola somente não resolve o problema”, pondera.
Escola de Campo Bom é exceção no Estado
Desde 2018, a Escola Estadual de Ensino Médio Fernando Ferrari, em Campo Bom, passou a ofertar o ensino integral. O que no início foi um grande laboratório de experimentos para encontrar o melhor caminho, hoje é um projeto que vem se consolidando e inspirando outras escolas.
O colégio, fundado em 1975, já chegou a ter 1,2 mil alunos. Hoje, tem 287 estudantes, com 170 matrículas no integral e o restante no turno noturno.
Como explicam a diretora Maristela Brentano e o supervisor Jorge Mathias, não havia uma organização pré-definida de como deveria ser a rotina do jovem dentro da escola em tempo integral quando a novidade chegou há mais de quatro anos. Ou seja, não existia um planejamento pedagógico pronto, situação que exigiu muita conversa e versatilidade da equipe de professores.
A partir daquilo que era vivido no dia a dia, o Fernando Ferrari percebeu que era necessário uma metodologia que aglutinasse todas as vivências, de modo a dar um norte ao trabalho. E é isso, na avaliação de Maristela e Mathias, que a Seduc está organizando agora por meio do programa Ensino Médio Gaúcho em Tempo Integral. “É a escola da escolha. É algo simples, mas que precisa ser estudado e pensado”, ponderam.
Para os educadores, a grande “sacada” é trabalhar com o jovem um projeto de vida, que vai além de um projeto de carreira. Agora, de acordo com eles, o objetivo é mostrar que esse novo jeito de ensinar também traz resultados nas avaliações, em especial, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O ensino médio na rede estadual teve o Ideb 4,1, enquanto que a meta estipulada pelo MEC é de 5,2.
No Brasil, nenhum estado alcançou a meta e o melhor resultado registrado em 2021, última avaliação, foi do Paraná, com 4,6. O pior resultado é do Rio Grande do Norte, com 2,8. No cenário nacional, o ensino médio gaúcho ocupa a sétima posição.
Como está o novo ensino médio?
Se a adolescência é tida como um ciclo marcado por mudanças e descobertas, o ensino médio tem mantido essas características e vem desafiando gestores públicos e especialistas em educação. Tanto que a implantação do novo ensino médio foi freada pelo Ministério da Educação (MEC) e passou por um processo de consulta pública, finalizado em 6 de julho.
Além disso, o ensino médio se depara com o avanço da tecnologia e a necessidade de entrada no mercado de trabalho. Neste contexto, a meta 6 do Plano Nacional de Educação, que prevê até 2024 educação em tempo integral em no mínimo 50% das escolas públicas, de modo a atender a, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica, ainda não chegou ao ensino médio.
Conforme dados do Censo Escolar 2022, apenas 2,16% dos estudantes de ensino médio da rede pública, que é atendida pelo Estado, acessavam a educação integral na região no ano passado. Em todo o Rio Grande do Sul, eram 18 escolas integrais, o que contemplava cerca de 1% da rede. Em 2023, são 111 instituições que passaram a ofertar ensino integral, sendo 13 delas na região e o percentual deve chegar a 10% dos alunos.
Na última reportagem da série que fala sobre o ensino integral, o tema é o cumprimento da meta 6 no ensino médio e o desafio que o governo gaúcho tem pela frente. Ao contrário do ensino fundamental, onde a responsabilidade pelo atendimento é compartilhada com as prefeituras, no ensino médio a tarefa é da Secretaria Estadual de Educação (Seduc).Para correr atrás do prejuízo, o Estado tem como meta que metade das escolas estaduais de ensino médio ofertem educação integral até 2026. É o programa Ensino Médio Gaúcho em Tempo Integral (EMGTI), iniciativa que a Seduc aposta suas fichas para melhorar o desempenho da educação gaúcha.
As matrículas serão ampliadas gradativamente, como explica o subsecretário de Desenvolvimento da Educação, Marcelo Jerônimo, sempre iniciando pela turma do primeiro ano, de modo a ter uma continuidade. “Não é simplesmente aumentar a jornada. Deixar o aluno mais tempo dentro da escola somente não resolve o problema”, pondera.
Escola de Campo Bom é exceção no Estado
Desde 2018, a Escola Estadual de Ensino Médio Fernando Ferrari, em Campo Bom, passou a ofertar o ensino integral. O que no início foi um grande laboratório de experimentos para encontrar o melhor caminho, hoje é um projeto que vem se consolidando e inspirando outras escolas.
O colégio, fundado em 1975, já chegou a ter 1,2 mil alunos. Hoje, tem 287 estudantes, com 170 matrículas no integral e o restante no turno noturno.
Como explicam a diretora Maristela Brentano e o supervisor Jorge Mathias, não havia uma organização pré-definida de como deveria ser a rotina do jovem dentro da escola em tempo integral quando a novidade chegou há mais de quatro anos. Ou seja, não existia um planejamento pedagógico pronto, situação que exigiu muita conversa e versatilidade da equipe de professores.
A partir daquilo que era vivido no dia a dia, o Fernando Ferrari percebeu que era necessário uma metodologia que aglutinasse todas as vivências, de modo a dar um norte ao trabalho. E é isso, na avaliação de Maristela e Mathias, que a Seduc está organizando agora por meio do programa Ensino Médio Gaúcho em Tempo Integral. “É a escola da escolha. É algo simples, mas que precisa ser estudado e pensado”, ponderam.
Para os educadores, a grande “sacada” é trabalhar com o jovem um projeto de vida, que vai além de um projeto de carreira. Agora, de acordo com eles, o objetivo é mostrar que esse novo jeito de ensinar também traz resultados nas avaliações, em especial, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O ensino médio na rede estadual teve o Ideb 4,1, enquanto que a meta estipulada pelo MEC é de 5,2.
No Brasil, nenhum estado alcançou a meta e o melhor resultado registrado em 2021, última avaliação, foi do Paraná, com 4,6. O pior resultado é do Rio Grande do Norte, com 2,8. No cenário nacional, o ensino médio gaúcho ocupa a sétima posição.