RIO GRANDE DO SUL
OPERAÇÃO FANDANGO: Prefeito e cinco secretários municipais são afastados em ação que investiga fraude e corrupção
Vice-prefeita assume a Prefeitura de Cachoeira do Sul
Última atualização: 04/12/2023 14:18
O prefeito e cinco secretários municipais de Cachoeira do Sul, na região central do Estado, foram afastados dos cargos por determinação da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul no âmbito da Operação Fandango, desencadeada na manhã desta quinta-feira (28) pelo Ministério Público e a Divisão de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do Deic, da Polícia Civil.
PREFEITO AFASTADO SOLTA NOTA OFICIAL SOBRE A OPERAÇÃO FANDANGO
A Procuradoria da Função Penal Originária e o Gaeco, ambos do Ministério Público, investigam a ocorrência de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, concussão, bem como a prática de crimes de responsabilidade na Prefeitura. "Constam como investigados agentes públicos e empresários envolvidos nas licitações e negociações suspeitas", informa o MP.
A instituição não divulgou os nomes, mas o Grupo Sinos apurou que além do prefeito José Otávio Germano (PP) foram afastados dos cargos os secretários municipais da Fazenda, Claudinho Schlottfeldt; do Meio Ambiente, Geraldo Fogliarini; da Coordenação e Planejamento, Cláudia Scarparo; da Administração, Léo Zahn; e do Interior e Transportes, Carolina Larrondo.
Além dos seis, também foram afastados por determinação judicial a chefe de gabinete do prefeito e dois assessores do gabinete do prefeito. Com a decisão da 4ª Câmara, quem assume a Prefeitura de Cachoeira do Sul é a vice-prefeita Angela Schuch (PP). O período de afastamento do prefeito e secretários não foi informado pelo MP.
Os agentes do Ministério Público e da Polícia Civil cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços da Prefeitura, de agentes públicos e de empresários. Duas armas e uma pequena quantidade de droga foram apreendidas.
Segundo o procurador-geral de Justiça, Alexandre Saltz, "as investigações preliminares apontam que havia um ajuste entre as empresas contratadas e administradores locais no sentido de receber parcelas derivadas dessas licitações". O dinheiro arrecadado com a fraude era utilizado "para pagar despesas pessoais de administradores", informou.