VIOLÊNCIA
O que pode estar por trás do caso do morador ferido com golpes de facão por dez homens
Delegacia de Homicídios (DPHPP) de Novo Hamburgo ainda precisa esclarecer o crime
Última atualização: 18/10/2023 00:34
Dívida com o tráfico de drogas pode ser o motivo do ataque promovido por dez homens contra um morador do bairro São Jorge na noite do último domingo (15). A vítima de 25 anos teve a casa invadida e foi agredida com pauladas nas costas e atingido com golpes de facão na cabeça e nas pernas.
A suspeita sobre a motivação do ataque se deve às constantes recaídas na dependência química pela vítima, que enfrenta o problema há pelo menos quatro anos. “A gente conhece ele. A última vez que o vi, estava empurrando uma bicicleta, com duzentos reais enrolados na mão, possivelmente indo para uma ‘biqueira’. A gente fala porque conhece o perfil dos usuários”, revela uma testemunha que pediu para não ser identificada.
Biqueira é o termo usado popularmente para se referir a um local de venda e o consumo de drogas.
Apenas em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos de Novo Hamburgo, o morador passou três vezes desde 2019. “É um guri gente boa e com um talento enorme. Quando passou por aqui, aprendeu a profissão de padeiro, que é uma das nossas atividades no processo de recuperação. Infelizmente, ele teve recaídas”, informa um dos sócios da comunidade terapêutica, que também prefere não ser identificado.
A tentativa de homicídio foi registrada às 20h20 de domingo (15). O homem relatou à Polícia que estava dormindo quando foi surpreendido pelos dez homens dentro do imóvel. Por estar sonolenta, a vítima alegou não ter reconhecido nenhum suspeito e informou que não sabe o que pode ter motivado o crime.
Os agressores fugiram sem levar nada da casa.
Assim que os suspeitos fugiram, o morador pediu socorro, e vizinhos acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Brigada Militar. Ele foi encaminhado ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo, de onde foi liberado após ser submetido a exames e ser medicado.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios (DPHPP) de Novo Hamburgo, que é chefiada pela delegada Marcela Ehler.