A arquitetura é uma das artes mais antigas e influentes da humanidade. Os arquitetos são responsáveis por projetar e planejar espaços, considerando tanto a estética quanto a funcionalidade para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Nesse contexto, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS) tem o propósito de atuar não apenas para amparar os profissionais de Arquitetura e Urbanismo, mas para beneficiar a sociedade como um todo.
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Conforme o presidente do CAU/RS, Tiago Holzmann da Silva, o Conselho ainda é jovem – prestes a completar 12 anos. “As duas primeiras gestões foram de estruturação e consolidação, ou seja, sede, funcionários, equipamentos, trabalho de registro, fiscalização e processos administrátivos e éticos. Nas últimas duas gestões conseguimos qualificar as atividades de rotina e ampliamos a fiscalização com a regionalização de quatro escritórios implantados em Pelotas, Santa Maria, Caxias do Sul e Passo Fundo, além da sede em Porto Alegre”, aponta.
Para a vice-presidente do CAU/RS, Andréa Larruscahim Hamilton Ilha, a conquista do próprio espaço da instituição tem grande importância para a categoria: “Estávamos em outro conselho junto com profissões e visões diferentes. Agora podemos pensar como queremos que a arquitetura seja vista pela sociedade e construir esse fortalecimento da profissão. Nosso trabalho não é para uma elite, é para todas as pessoas.”
Atuação plural
Entre os diversos projetos desenvolvidos, Silva destaca o Nenhuma Casa Sem Banheiro, iniciativa em parceria com municípios, Governo do Estado, Defensoria Pública, Tribunal de Contas, Ministério Público e apoio do Onu-Habitat Brasil, que poderá ser nacionalizada via Ministério da Saúde. “Tivemos condições de fazer um desenho institucional, administrativo e financeiro que viabilizou, em cerca de um ano e meio, começar a entrega de banheiros para famílias que ainda não têm.
O projeto abre mercado de trabalho para o arquiteto porque a participação nessa atividade é remunerada com os impostos que todos contribuímos. Até o final do ano, vamos entregar mais de 1500 banheiros em diversos municípios. O caso de maior escala é em Canoas, onde entregaremos banheiros para 359 famílias atendidas, envolvendo mais de 40 arquitetos.”
Há também ações para qualificação do mercado de trabalho e valorização profissional, como a discussão da reforma tributária e a iniciativa do Microempresa Profissional (MEP) pelo CAU da Bahia, incorporada ao CAU/BR e com apoio do CAU/RS. “Dessa maneira, poderíamos regularizar a atuação de muitos arquitetos que hoje são autônomos ou têm trabalho precarizado. Está em tramitação no Congresso e tem nosso apoio e suporte”, afirma Silva.
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Conheça outras iniciativas do Conselho
Promoção do Software Livre – O projeto em parceria com a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) e o CAU/RJ viabiliza a legalização e qualificação da atividade dos arquitetos com softwares com padrão e qualidade significativos, porém mais acessível.
Patrimônio – Com atuação na preservação do patrimônio histórico e cultural, contribui para a manutenção da identidade e memória da sociedade, e garantiu nos Tribunais Superiores que todos os projetos de restauro sejam obrigatoriamente conduzidos por equipe multidisciplinar liderada por um arquiteto, assim como a liderança nos Planos Diretores dos municípios.
Defesa do ensino – “Temos feito um enfrentamento bastante sério na esfera administrativa, comercial e judicial sobre a modalidade EaD. Isso nos parece catastrófico para a profissão, que lida diretamente com cliente, canteiro de obras, interação entre profissionais que elaboram projetos. Essa virtualidade e falta da presença e da relação entre as pessoas é algo muito danoso na formação dos arquitetos”, diz Silva.
Campanha – Silva diz que há uma ideia errônea que o arquiteto é um profissional caro. “Com a campanha Em toda obra cabe um arquiteto queremos desmistificar isso. Na verdade, o arquiteto é um profissional que tira o melhor resultado com o recurso que se tem”, aponta. “A campanha mostra a importância da profissão para a sociedade e para a construção das nossas cidades com projetos em arquitetura de interiores, sustentabilidade, licenciamento ambientais e planos de prevenções de incêndio”, ressalta Andréa.
Outros projetos
Escritórios móveis – O CAU/RS tem três furgões que funcionam como escritórios, podendo atuar em qualquer cidade. Até o final do ano, todos as regionais terão furgões em suas bases.
Centro de Memória – Conta com acervo próprio e histórico recebido do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (Crea-RS), digitalizado e disponibilizado em site. “Nossa pretensão é que, a médio prazo, tenhamos o museu de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul, será muito relevante para a cultura do nosso estado e para a sociedade”, afirma o presidente.
Descentralização do CAU
Andréa diz que o órgão deseja a aproximação com profissionais de todo o Estado, sendo a implantação dos quatro novos escritórios pensada para impulsionar a inovação e o avanço da profissão. “Os Escritórios Regionais trazem essa possibilidade de acesso aos profissionais que estão longe da capital e também do que está inserido nessas outras realidades, oferecendo todos os serviços que temos na sede para atender os profissionais, suas demandas e dúvidas”, avalia.
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