A região do Vale do Caí foi a mais afetada pelas chuvas causadas pelo ciclone extratropical entre a quarta (12) e a quinta-feira (13). Sem chover praticamente durante toda esta sexta-feira (14), o Rio Caí já vem baixando desde às 20 horas de ontem em São Sebastião do Caí, quando atingiu 12,54 metros. Na última medição, das 17 horas de hoje, o nível era de 11,92, reduzindo 12 centímetros desde às 14 horas.
Em Bom Princípio, o rio voltou praticamente todo para dentro do leito, restando alagado apenas em algumas regiões no limite com Harmonia. Às 18 horas desta sexta, estava na altura de 5,20 metros. “Estamos praticamente livres de uma nova inundação, ocorre apenas deslizamentos, mas sem danos, em áreas de lavouras”, disse o coordenador da Defesa Civil de Bom Princípio, Paulo Portinho.
É no município de Montenegro que as atenções estão voltadas. O Rio Caí continua subindo e está em 7,43 metros, registrando um crescimento de dois centímetros entre às 17 e às 18 horas. Nove famílias, somando 32 pessoas, estão abrigadas no Ginásio Domingo dos Santos, do Parque Centenário. Se continuar subindo, a possibilidade de mais famílias terem que sair de casa não está descartada.
Vale dos Sinos
De acordo com o responsável pela Estação de Meteorologia de Campo Bom, Nilson Wolff, o Rio dos Sinos estava com 6,38 metros às 6 da manhã e atingiu 6,52 metros às 18 horas. A tendência, segundo ele, é de que continue subindo pouco a pouco até o amanhecer de sábado (15), e depois se estabilize. “O Rio vai sair do leito, mas sem maiores consequências”, afirma.
Em Novo Hamburgo, o panorama é o mesmo, registrando 6,28 metros às 18h30, também subindo lentamente. A última atualização feita pela Defesa Civil de São Leopoldo, às 18 horas, mostra que o nível do rio chegou na marca de 4,17 metros. O nível do Sinos segue em elevação de aproximadamente um centímetro por hora. Permanece o nível de observação constante, sem riscos e sem requerer atenção especial.
Vale do Paranhana
O Rio Paranhana já está em seu nível normal na cidade de Três Coroas, assim como seus afluentes. Porém, em Taquara a situação é diferente. Famílias de 12 residências do bairro Empresa foram retiradas de casa pela Defesa Civil e levadas para a escola CIEP. A projeção é de que pare de subir nas próximas horas.
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