Mutirão de cirurgias começa com procedimentos de hérnia e vesícula no Hospital Universitário

O mutirão de cirurgias do Hospital Universitário (HU) foi iniciado e pretende realizar 975 procedimentos de hérnia e vesícula em até sete meses, é o que afirma o diretor-geral da casa de saúde, Mauro Sparta. “Temos uma programação de pelo menos 100 operações por mês, serão 20 por semana e, se conseguirmos mais, vamos aumentar a produtividade.”

Os primeiros pacientes são aqueles que já estavam com todos os exames prontos e avaliados pela equipe médica. “Inicialmente serão atendidos aqueles com problemas de hérnia, depois expandimos para vesícula e assim por diante”, detalha Sparta.

O diretor confirma que pessoas com o cadastro atualizado no programa “Canoas + Saúde” também serão beneficiadas com a ação no HU. “Sim, vamos ter pacientes do programa inseridos no mutirão. Isso só foi possível pela atualização de demanda.”

Segundo Sparla, ele espera que o HU esteja operando dentro da sua normalidade em no máximo oito meses. “Estamos muito preocupados em atender melhor a população desde que assumi o hospital há dois meses.” Para que isso se concretize, um edital já está sendo elaborado pelo município com o objetivo de ter até janeiro de 2024, uma empresa definitiva no comando do hospital.

Preparação dos médicos

O diretor-geral comunicou que a equipe médica do HU se reuniu nesta terça-feira (17), para organizar os espaços que serão utilizados durante o mutirão. “Durante a semana temos nossa demanda diária, então o bloco cirúrgico será utilizado em momentos específicos. Já nos finais de semana, devemos ter ações exclusivas para o mutirão, conseguindo realizar um número maior de procedimentos. “As operações não serão feitas necessariamente em todos os finais de semana, mas em grande parte deles.”

Insumos e remédios

Sparta destacou o apoio da Câmara de Vereadores, com a devolução de R$ 2,7 milhões referentes ao duodécimo. “Sem isso não iríamos conseguir adquirir os insumos e remédios necessários para as cirurgias.” Era fundamental estar com o hospital abastecido para começar o mutirão.”

Repasse Federal

Já o valor utilizado para que as cirurgias eletivas possam ser efetivadas, é oriundo dos governos Federal e Estadual. “São cerca de R$ 6,9 milhões pagos em três parcelas. Foi primeiro repassado para o Estado e depois para o município. Com o montante recebido, o Hospital Universitário de Canoas espera aumentar a sua capacidade de atendimento.”

Com 546 leitos, o HU é referência para mais de 150 municípios, ou seja, atende cerca de 30% da população do Estado. Atualmente são 1,4 mil funcionários, 300 médicos, 121 residentes e 520 graduandos, com 39 especialidades. Considerada a maior instituição de saúde em referência fora da capital, são necessários aproximadamente R$ 14 milhões para manter a estrutura.
Segundo a Prefeitura, a dívida do hospital está na casa do R$ 30 milhões. Com o intuito de solucionar os problemas, dez medidas foram anunciadas pelo poder Executivo.