A mulher de 39 anos que morreu por complicações após ter material cirúrgico esquecido dentro do corpo durante o parto em Parobé, no Vale do Paranhana, está sendo velada nesta quinta-feira (24).
A cerimônia de despedida de Mariane Rosa da Silva Aita iniciou às 7 horas na Capela Municipal São José, no Loteamento Kephas, em Novo Hamburgo. O sepultamento ocorrerá às 16 horas no Cemitério Municipal da cidade. Ela deixa o marido, seis filhos e demais familiares.
A mulher passou por uma cirurgia para retirada do material no dia 14 deste mês e desde então estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da casa de saúde, onde faleceu na quarta-feira (23). O parto havia sido realizado há mais de dois meses no Hospital São Francisco de Assis.
O caso
Mariane passou por uma cesariana no dia 12 de junho na instituição de saúde de Parobé, que é referência para a cidade de Três Coroas, onde residia. Três dias depois do parto, ela recebeu alta. Contudo, ainda com dores abdominais, ela chegou a procurar atendimento em um posto de saúde, onde passou por consulta, foi medicada e liberada.
No dia 25 de junho, ela, o marido e os filhos se mudaram para Novo Hamburgo, onde estavam morando na Vila Diehl. Com a dor persistindo após dois meses da cesárea, no dia 14 de agosto ela procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Canudos. Em um exame foi constatado que haviam gazes de 87 milímetros na parte de baixo esquerda do abdômen de Mariane.
Com o resultado da ultrassonografia, ela foi novamente encaminhada ao Hospital São Francisco de Assis, onde no mesmo dia, passou pelo procedimento de retirada do material e permaneceu internada na UTI por nove dias.
Conforme parentes, como não era possível ter acompanhante continuamente na ala em que Mariane estava, na manhã desta quarta-feira o hospital ligou e solicitou a presença de familiares. No local, o marido e a mãe dela foram informados que a paciente teria passado por uma nova cirurgia ainda na terça-feira (22), a qual, segundo a família, não havia sido comunicada nem mesmo questionada sobre o consentimento.
A instituição, então, confirmou que Mariane faleceu por volta das 9h20 desta quarta-feira por “causa natural, sepse abdominal e insuficiência renal aguda”, conforme consta no boletim de ocorrência registrado pela família na Polícia Civil.
A reportagem entrou em contato com o Hospital São Francisco de Assis e aguarda retorno.
O caso será investigado pela Polícia Civil de Parobé.
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