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CICLONE EXTRATROPICAL

MORTE, FERIDOS E RISCO DE ENCHENTE: O alerta da Defesa Civil para as próximas horas no RS

Governador em exercício confirmou a morte de uma pessoa em Rio Grande e informou qual foi a cidade mais afetada pelo fenômeno

Nadine Funck
Publicado em: 13/07/2023 às 12h:44 Última atualização: 22/08/2023 às 08h:10
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Em coletiva de imprensa realizada no fim da manhã desta quinta-feira (13), o Governo do Rio Grande do Sul apresentou um levantamento prévio dos danos causados pelo ciclone extratropical

Estado registrou estragos na quarta-feira  | Jornal NH



Estado registrou estragos na quarta-feira

Foto: Defesa Civil RS

O governador em exercício, Gabriel Souza, confirmou o óbito de uma mulher em Rio Grande. Ela faleceu em função da queda de uma árvore, que caiu em cima de sua residência nesta madrugada. Informações sobre a identificação e idade da vítima devem ser esclarecidas nas próximas horas pela Defesa Civil.

A cidade mais afetada pelo ciclone é Sede Nova, que teve feridos. Uma pessoa segue em atendimento médico porque teve lesões no rosto e quebrou a clavícula durante a passagem do fenômeno. Ela não corre risco de morte. 

Segundo Souza, a Defesa Civil do RS está enviando 100 kits de higiene e 100 cestas básicas para colaborar com mantimentos na cidade.

O governo do Estado também está fazendo um levantamento para entender as avarias em escolas, para que as aulas voltem ao normal “o mais rápido possível”. Se houver danos em instituições estaduais, sem condições de receber os estudantes. a orientação é de que as atividades continuem de forma on-line.

Souza disse também que as aulas na rede estadual de ensino foram suspensas nesta quinta em função da amplitude geográfica do fenômeno, que teve impacto em diversas áreas do RS.

Estado segue em alerta

O ciclone segue para a costa do Rio Grande do Sul ainda nesta quinta. No entanto, o RS segue em alerta para o risco de chuva e vento intenso. O litoral ainda registrava rajadas intensas no fim da manhã. A previsão é de que o vento diminua consideravelmente a partir do meio da tarde.

A atenção também está voltada para a possibilidade de enchente. Conforme o chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, o coronel Luciano Chaves Boeira, o próximo passo, após a passagem do fenômeno, é de que o nível dos rios suba e que ocorra inundações.

O Rio dos Sinos e o Rio Caí, que já teve extravasamento da cota de inundação e deixou pessoas desabrigadas, estão entre os locais monitorados pelo Estado.

“Pessoas que moram em áreas de risco de rios com possibilidade de extravasar sua cota e causar enchentes, pedimos que saiam de suas casas e se dirijam a casas de familiares e amigos, ou até mesmo em abrigos identificados pelas prefeituras das cidades”, orientou o governador em exercício. 

Entre desalojados e desabrigados, o RS chegava ao total de 100 pessoas no fim da manhã desta quinta. Conforme Boeira, o número deve aumentar nas próximas horas, justamente pela previsão de enchente. A população pode acessar os alertas emitidos pela Defesa Civil no site

Souza expôs que deve falar com a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil nesta tarde para falar sobre os estragos no RS e salientou ainda que a preocupação do governo neste momento é de que as “áreas de risco sejam desocupadas imediatamente para evitar novas vítimas”. O governador em exercício disse também que não é possível mensurar o impacto financeiro dos danos. O cálculo deve ser feito nos próximos dias.

Auxílio financeiro a vítimas de eventos climáticos 

Na tarde de quarta (12), o governador em exercício sancionou uma lei que institui auxílio para situações de calamidade ou emergência, destinado à população gaúcha vítima de contingências provocadas por eventos climáticos – como o ciclone extratropical. 

Para as pessoas atingidas pelo ciclone de junho, o valor será de R$ 2,5 mil por família. A regulamentação da lei está em preparação. O decreto vai detalhar o público beneficiado e os procedimentos para recebimento do auxílio. O valor será creditado no Cartão Cidadão das famílias que se enquadram nos requisitos do decreto.

O auxílio corresponderá a um repasse por família, podendo o pagamento ser único ou em prestações. No cálculo do valor, serão consideradas a disponibilidade orçamentária do Estado e a gravidade do evento climático. Para terem acesso ao auxílio, as famílias deverão atender a critérios de cadastros públicos oficiais.

Muita chuva entre agosto e setembro

Durante a coletiva, o governador em exercício mencionou também que se esperam altos acumulados de chuva em agosto e setembro, o que pode contribuir para que eventos como esse se repitam. Segundo a MetSul, esses são os meses que se espera maior incidência de ar quente e que marcam um aumento na frequência de tempestades de granizo e vendavais.

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