SENTENÇA
Monitora de creche é condenada por torturar bebê em berçário no Vale do Caí
Pena é de dois anos e seis meses de reclusão, que Ministério Público vai tentar aumentar por meio de recurso
Última atualização: 18/10/2023 00:18
Mais de cinco anos após o crime, a monitora acusada de torturar um bebê em uma creche particular de São Sebastião do Caí é condenada. A mulher de 28 anos pegou dois anos e seis meses de reclusão. Pode apelar em liberdade. O Ministério Público diz que vai recorrer para aumentar a pena.
O crime aconteceu em 10 de janeiro de 2018 e foi flagrado por uma câmera do berçário. A então monitora, segundo a denúncia, agiu com violência para que a criança de um ano parasse de chorar. “Inconformada com a agitação da menina, a ré sacudiu a vítima com agressividade e pressionou um travesseiro contra seu rosto. A mulher ainda socou a mesma menina contra um colchãozinho verde, com raiva”, relata a promotora de Justiça Cláudia Rodrigues Pegoraro.
As imagens deixaram os pais abalados e a comunidade chocada. “A ré submeteu a menina, com apenas um ano de idade, que se encontrava sob os cuidados e supervisão da creche, e sobre quem detinha poder e responsabilidade, com emprego de violência, e intenso sofrimento físico e mental, como forma de aplicar castigo pessoal”, salienta Cláudia.
A diretora da creche foi quem registrou a ocorrência, três dias depois do crime. A monitora alegou que estava colocando no rosto da menina um “cheirinho” para acalmá-la. A Polícia Civil conseguiu a prisão preventiva da monitora, que foi solta poucos dias depois, e a indiciou por tentativa de homicídio, em razão da asfixia. Ela se tornou ré pelo delito de tortura. O nome da condenada não foi informado. A defesa não foi encontrada.