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EDUCAÇÃO

Mesmo com futuro incerto, Escola Cívico-Militar de Taquara investe em reformas

Em julho, o governo Lula anunciou que irá extinguir o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). Instituição de Taquara foi inaugurada em 2022

Carla Fogaça
Publicado em: 06/08/2023 às 17h:00 Última atualização: 17/10/2023 às 17h:51
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O anúncio do governo Lula em extinguir o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) não impediu o município de Taquara de iniciar reforma na Escola Cívico-Militar. Inaugurada em 2022, a instituição começou, na semana passada, a obra de melhoria para ampliação da cozinha, reestruturação dos banheiros, pintura externa e construção de uma cobertura para a quadra esportiva. O valor do investimento é de R$ 380.223,60, com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Cozinha será ampliada | Jornal NH



Cozinha será ampliada

Foto: Carla Fogaça/GES-ESPECIAL

Segundo a diretora Andreza Eltz Cunha, as principais reformas são na cozinha e na quadra esportiva. “Foram necessidades que fomos identificando neste ano. Como os alunos ficam o dia todo na escola é importante uma cozinha maior e a cobertura da quadra não vai interferir nas aulas de esportes em dias de chuvas”, explica Andreza.

A previsão é de que todos os trabalhos sejam concluídos em até quatro meses, sem interferir na grade curricular dos 204 alunos matriculados do sexto ao nono ano do Ensino Fundamental.

Preservação da escola

Segundo a secretária de Educação de Taquara, Carla Silveira, a intenção é manter a escola mesmo com o cenário incerto sobre o que acontecerá com a instituição em 2024. “O Estado anunciou o rompimento do programa, mas não chegou a nos passar a data de afastamento dos militares. Portanto, estamos estudando a melhor maneira para continuar mantendo a escola”, salienta Carla.

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A secretária afirma, ainda, que estudos e contatos já estão sendo realizados para achar uma solução viável para manter a escola. “Seja com recursos próprios municipais ou captando junto com o Governo Estadual ou Federal, vamos manter a instituição. A possibilidade de fechamento não é cogitada, muito pelo contrário, a reforma do prédio mostra isso”, afirma Carla.

Parceria entre militares e professores

Conforme a secretária de Educação, a escola Cívico-Militar de Taquara é a única do Estado que funciona em turno integral. “Esse era um desenho antigo da prefeita em ter uma escola integral e juntamos com a modelo cívico-militar. E neste um ano de escola já sentimos os reflexos positivos nos estudantes”, diz Carla.

A escola segue o currículo do município e conta com a parceria dos militares no apoio às questões pedagógicas e monitorias. “São eles que levam os alunos para cantar o hino, na hora da Ordem Unida. É um trabalho em parceria entre militares e professores”, destaca a diretora.

As aulas do currículo são ministradas no período da manhã e à tarde ocorrem mais de 10 oficinas, como projeto de vida, projeto valores, esporte, atletismo e empreendedorismo. “Para os alunos é maravilhoso estar o dia todo na escola, aqui eles se dedicam por inteiro, não usam o celular e se tornam crianças mais colaborativas”, reforça Andreza.

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