A Polícia Civil cumpriu na manhã desta terça-feira (12) a Operação Dopper em Bento Gonçalves e Garibaldi, na Serra gaúcha. O objetivo da ação foi coibir a prática dos crimes de peculato e falsidade ideológica cometidos por três médicos credenciados ao convênio Ipê Saúde.
Da operação, realizada pela 1ª Delegacia de Combate à Corrupção (Decor), da Divisão Estadual de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DCCOR) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), um profissional de saúde foi preso preventivamente.
Conforme o delegado Max Otto Ritter, responsável pela investigação, ele descumpriu a ordem judicial de não se afastar da comarca sem avisar o Judiciário. Os outros dois, segundo ele, cumprem a ordem judicial “à risca”.
Os casos chegaram à Polícia por meio de notícia-crime encaminhada pelo próprio Ipê Saúde, dando conta de possível fraude envolvendo médicos credenciados à autarquia que atuam em Bento Gonçalves.
Os profissionais da saúde estariam realizando cobranças indevidas sobre exames de imagens ginecológicas supostamente realizados em integração de procedimentos com consultas na área da ginecologia.
No decorrer da investigação, de acordo com o delegado, foi possível identificar a atuação dos médicos e de suas secretárias, que imputavam às pacientes de consultas ginecológicas, diversos tipos de exames de imagens que, na prática, não eram realizados, mas que, no entanto, eram cobrados do convênio. Se for constatado que as funcionárias tinha ciência dos atos, elas podem responder pelos mesmos crimes.
A Polícia verificou também que, além da notícia-crime, há pelo menos outros 22 casos, conforme depoimentos coletados na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Bento Gonçalves.
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