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TRÊS RÉUS

Justiça torna réus três pessoas pela execução de dois jovens em depósito do Detran

Crime aconteceu no final de março em Sapucaia do Sul; vítimas foram encontradas com marcas de tiros, mãos amarradas e sacos na cabeça

ico ABCMais.com azul
Publicado em: 03/08/2023 às 23h:02
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A juíza Greice Moreira Pinz, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Sapucaia do Sul, recebeu na quarta-feira (2) a denúncia contra três homens acusados de duplo homicídio qualificado e as ocultações dos cadáveres de dois jovens.

Manifestação de familiares e amigos em Sapucaia | Jornal NH



Manifestação de familiares e amigos em Sapucaia

Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

Wesley Amaral dos Santos, 19 anos, e Jonathan Júnior Xavier Lopes, 16, foram executados após tentar furtar baterias de um depósito do Detran, em Sapucaia do Sul, no dia 31 de março. Os corpos foram encontrados com indícios de tortura. Em abril, familiares e amigos fizeram uma manifestação para clamar por justiça.

“Verifico a presença de indícios da autoria e da existência de crimes, justificando o processamento da ação penal, razão por que recebo a denúncia”, disse a magistrada na decisão que torna os acusados réus no processo criminal. A juíza também manteve a prisão preventiva dos homens. Um deles encontra-se foragido.

Conforme a denúncia, os acusados são o responsável e os empregados de um Centro de Remoção e Depósito credenciado do Detran. Na ocasião dos fatos, ao perceberem a presença das vítimas no local, capturaram e disparam com armas de fogo contra elas. Depois, ocultaram os cadáveres em ponto da Estrada dos Ramires, em Sapucaia do Sul.

Conforme o Tribunal de Justiça, os acusados, têm prazo de dez dias para responder à acusação, a contar do último dia 2.

Para comprar gás

No dia 2 de abril, a Polícia Civil informou que a apuração havia confirmado que os jovens teriam ido até o local para furtar duas baterias. O material seria posteriormente vendido para que o jovem Jonathan Júnior Xavier Lopes conseguisse comprar um botijão de gás de cozinha, já que a mãe dele não teria condições para garantir à pequena casa onde os dois viviam.

“Havia outros dois, que ficaram do lado de fora do estabelecimento. Imaginamos que tenham contado à mãe o que aconteceu naquela noite. A mãe inclusive foi até o estabelecimento buscar informações sobre o paradeiro do filho, mas o vigilante teria mentido e disse que não sabia onde estavam os jovens”, disse na época a responsável pela investigação, a delegada Angélica Giovanella.

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