ESTEIO

Júri condena homem que matou ex-namorada dentro de indústria no Vale do Sinos; relembre o caso

Crime aconteceu em março do ano passado, onde os dois trabalhavam

Publicado em: 04/10/2023 10:48
Última atualização: 17/10/2023 23:23

O homem, 30, que matou a ex-namorada a facadas dentro de uma indústria em Esteio foi condenado a 30 anos de prisão. O feminicídio aconteceu em março do ano passado, quando ele atacou a vítima, Elisabete Viegas Silva, 48, onde trabalhavam juntos. O julgamento aconteceu na segunda (2).


Técnicos do IGP estiveram no local no dia do crime Foto: IGP/Especial

Segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul, a decisão judicial acolheu a acusação do promotor de Justiça Fernando Bittencourt na questão das qualificadoras do crime: motivo torpe, já que o condenado não aceitava o fim do relacionamento, recurso que dificultou a defesa da vítima, neste caso, por ter sido um ataque surpresa no posto de trabalho com alguns golpes de faca nas costas, e ainda o feminicídio em si, em razão da questão de gênero. Ele está preso desde a data do fato.

A faca usada no ataque foi apreendida e usada como prova, além de imagens de câmeras de segurança, bem como depoimentos de testemunhas.

O caso

O crime aconteceu no início da manhã do dia 11 de março de 2022, em uma indústria que fica às margens da BR-116, no bairro Novo Esteio. Elisabete foi atacada pelas costas no momento em que trabalhava na produção. O homem foi contido por colegas.

Na época, a investigação da Polícia Civil apontou que os dois tiveram um relacionamento de cinco meses, até dezembro de 2021. O homem não aceitava o término. Neste tempo, ele teria tentado se reaproximar da ex, que chegou a solicitar medida protetiva contra ele.

Em depoimento à Polícia, o homem teria relatado que encontrou a ex na troca de turno e ela teria se negado a cumprimentá-lo. "Ele então teria ido até em casa, em Sapucaia do Sul, pego a faca e voltado para atacá-la. Em depoimento, ele disse que estava fora de si e que não estava arrependido", pontuou a delegada responsável pelo caso na época, Luciane Bertoletti.

Moradora do bairro João de Barro, em Sapucaia do Sul, Elisabete tinha três filhas, duas delas adolescentes.

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