INVESTIMENTO
Início das obras do porto de Arroio do Sal é aprovado
Terminal de uso privado do tipo onshore terá capacidade para receber 40 mil toneladas e contará com um calado inicial de 17 metros
Última atualização: 22/08/2023 08:23
O projeto para a construção do porto de Arroio do Sal avançou uma etapa. A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) publicou no Diário Oficial da União de segunda-feira (24) o edital de autorização para construção e exploração do porto no Litoral Norte gaúcho, chamado de "Porto Meridional".
A partir de agora as empresas interessadas terão 30 dias para enviar propostas.
O terminal de uso privado do tipo onshore terá capacidade para receber 40 mil toneladas e contará com um calado inicial de 17 metros, possibilitando a recepção de embarcações de grande porte, incluindo cruzeiros marítimos. O investimento estimado é de R$ 6 bilhões, provenientes da iniciativa privada.
Desenvolvimento regional
O deputado estadual Issur Koch (PP), presidente da Frente Parlamentar em Apoio ao Porto Meridional na Assembleia Legislativa, destaca o passo importante que foi dado. "Essa etapa era considerada fundamental para a obra. Ou seja, a partir de agora, o novo porto tem a chancela da Antaq de que a obra é viável e o projeto está pronto para seguir em frente. A notícia é fantástica para o Litoral Norte e, sobretudo, para a logística do Estado."
A próxima etapa será a licença ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). Depois disso, a construção deve levar dois anos. O primeiro navio deve atracar no porto em 2026.
Intensão é agregar e não competir com Rio Grande
Conforme o deputado, desde a concepção, o projeto do Porto Meridional não teve como propósito competir com o terminal marítimo de Rio Grande, no Sul do Estado, mas agregar e fazer frente aos portos de Santa Catarina, por exemplo.
Ele destaca dados da Fiergs, que apontam que anualmente 15 milhões de toneladas de produtos produzidos no Rio Grande do Sul são exportados para a Europa a partir de portos de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. "Falou-se em uma preocupação de tirar a exportação do porto de Rio Grande, mas não se trata de tirar. Já são produtos que não são enviados por lá, então queremos recuperá-los, gerando maior economia aos exportadores", avalia Issur.