Com 2,71 metros em Porto Alegre, o Guaíba atingiu no fim da tarde deste domingo (24) seu terceiro maior nível desde a enchente histórica de 1941. A marca superou os 2,70 metros registrados no último dia 14. Segundo a MetSul Meteorologia, a semana é de alerta para alagamentos na capital do Rio Grande do Sul.
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Na enchente histórica de 1941 o Guaíba chegou a 4,76 metros em Porto Alegre. A marca desde domingo só não é maior que esta, que os 3,13 metros de 1967 e que os 2,97 metros de 2015, quando o Estado estava sob influência de um Super El Niño.
Naquele ano a Prefeitura fechou o portão da Avenida Mauá, na entrada da cidade, o que não acontecia desde 1984 – quando o nível do rio chegou a 2,60. Segundo a MetSul, a cota de transbordamento do Guaíba no Centro de Porto Alegre é de 3 metros.
A cheia na capital já dura 20 dias, bem mais que o normal. Na região das ilhas e no extremo sul da cidade, como na região do bairro Ponta Grossa, com cotas de extravasamento menores, houve alagamentos.
“A grande cheia do Guaíba em Porto Alegre começou no início deste mês a partir de outras duas grandes. O Taquari, segundo maior contribuinte, experimentou a maior cheia desde 1941 no começo do mês. Na sequência, o maior contribuinte que é o Jacuí passou pela terceira maior cheia desde 1941. Chuva muito acima do normal no RS e vários episódios de vento sul com nível alto da Lagoa dos Patos mantiveram o Guaíba alto nas duas semanas seguintes”, informou a MetSul.
Tendência é de agravamento da enchente ao longo da semana
A MetSul alerta que o nível do Guaíba deve atingir cotas criticamente altas nesta semana, “em cenário extremamente preocupante para a área de Porto Alegre”. “O quadro tende a se deteriorar muito nas ilhas e haverá alagamentos e inundações também na parte não insular da cidade, nas zonas Sul, Norte e central”, informa a empresa.
Conforme a MetSul, há previsão de chuva para esta segunda, a terça e a quarta em Porto Alegre e em cidades vizinhas. Os volumes podem ser muito altos de precipitação na terça, quando em vários momentos a chuva pode ser forte a torrencial, levando mais água para o Guaíba.
“Não bastasse, haverá um aumento de curto prazo da vazão dos rios contribuintes. O cenário se complica ainda mais porque há represamento das águas pelo nível muito alto da Lagoa dos Patos. O mais preocupante é que haverá represamento adicional por vento sul intenso no meio da semana, sobretudo na quarta, por conta de um ciclone extratropical”, explica a MetSul.
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