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H5N1

GRIPE AVIÁRIA: Confirmado foco em leões-marinhos no RS; entenda se há riscos para a população

Saiba também como fica a condição sanitária do Estado

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Publicado em: 05/10/2023 às 08h:13 Última atualização: 05/10/2023 às 08h:14
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Foi confirmado, na quarta-feira (4), o primeiro foco da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) em mamíferos marinhos no Brasil, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O foco foi nos chamados leão-marinho-do-sul, ou leões-marinhos-da-patagônia (Otaria flavenscens), encontrados na praia do Cassino, em Rio Grande, no litoral gaúcho. 

Ao todo, dez animais foram recolhidos | Jornal NH



Ao todo, dez animais foram recolhidos

Foto: CRAM FURG/Divulgação

Até o momento foram recolhidos oito leões-marinhos e dois lobos-marinhos, somando um total de dez animais. A ingestão de aves contaminadas com o vírus é a principal via de infecção em mamíferos aquáticos e semiaquáticos, segundo evidências. Também há a hipótese de que haja transmissão entre animais.

Segundo o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, a notificação foi feita em 30 de setembro pelo Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM) de Rio Grande e atendido pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO). As amostras foram processadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Campinas (LFDA_SP), que é unidade referência na América do Sul da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).

Fora do Brasil, casos em mamíferos da mesma espécie já foram reportados no Peru, Chile, Argentina e Uruguai.

Condição sanitária do Estado

O Mapa alerta para que a população evite se aproximar do local onde os focos foram registrados e não deve ter contato com animais doentes ou mortos para prevenir o contágio e a disseminação da doença, ainda que as infecções em humanos sejam raras.

O SVO do RS reforça o pedido para que as pessoas não se aproximem dos animais mortos ou moribundos e sinaliza que todas as suspeitas devem ser notificadas à Seapi pelo Whatsapp (51) 98445-2033 ou por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima.

Apesar deste ser o segundo foco no Rio Grande do Sul, o status brasileiro de livre da influenza aviária perante a OMSA não mudou, visto que não há registro da doença na produção comercial, segundo o MAPA. 

O Governo do Estado afirma que a condição sanitária do RS e do País não se altera e não há risco para o consumo de alimentos. 

A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, afirma que as equipes estão atuando desde o momento em que os animais foram avistados. Ela diz que “há uma grande onda de influenza sendo registrada no Uruguai e Argentina, e o Rio Grande do Sul, por estar na divisa, está sentindo os reflexos. Seguiremos os protocolos exigidos para evitar a disseminação do vírus, em parceria com os municípios, e vamos atuar na vigilância ativa na região costeira e em atividades de educação sanitária”.

*Contém informações retiradas do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e do Ministério da Agricultura e Pecuária.

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