Entregue sem ser finalizada, a finalização da segunda ponte do Guaíba depende de iniciativas do governo estadual e de Porto Alegre para ver a obra finalizada. Este, ao menos, foi o recado do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta.
A afirmação foi dada durante coletiva de imprensa concedida durante a visita do vice-presidente Geraldo Alckmin em Porto Alegre. Único gaúcho a ocupar uma cadeira de ministro, Pimenta acompanhou a comitiva de Alckmin ao Estado. E foi da voz dele que saiu o pedido de ação do governo estadual e da prefeitura de Porto Alegre.
“O desejo do governo federal é viabilizar recursos, mas precisamos da colaboração do governo do Estado e da prefeitura”, afirmou Pimenta. O principal entrave para a conclusão das alças de acesso à ponte é a remoção das famílias vizinhas à obra, especialmente moradores da Zona Norte da capital.
São três ocupações que ficam ao lado do local onde deveriam ser instaladas no lado porto alegrense da ponte. As comunidades Areia, Tio Zeca e Cobal tinham entre 2014 e 2018 cerca de 400 famílias. “Hoje podem ter quase mil famílias”, projeta Pimenta.
Em 10 de dezembro de 2020 a obra foi inaugurada pelo então presidente, Jair Bolsonaro, acompanhado pelo ministro da Infraestrutura na época, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Mas as famílias seguem no mesmo local, e a obra sem prazo para finalização.
Pimenta garantiu, porém, que há recursos suficientes para concluir a obra e mesmo garantir a remoção das famílias. “Nós temos recurso no orçamento previsto, mas é preciso que a gente acerte com a prefeitura e governo do estado para operacionalizar a remoção dessas famílias para concluir a obra.”
A construção da segunda Ponte do Guaíba começou ainda no governo de Dilma Rousseff (PT) e tinha como perspectiva desafogar o trânsito entre Porto Alegre e a região Sul do Estado.
Um acordo chegou a ser fechado com as famílias, mas os prazos foram sendo protelados, o que levou a um aumento substancial das famílias.
Veja o que o vice-presidente Geraldo Alckmin falou durante visita ao Rio Grande do Sul
LEIA TAMBÉM