Fundador da Luz da Lua relembra incêndio que destruiu fábrica em Novo Hamburgo durante homenagem

O fundador e diretor-presidente da marca de bolsas, calçados e acessórios Luz da Lua, Celso Antônio Jorge, foi homenageado na terça-feira (26) na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. O empresário, que recebeu a medalha da 56ª Legislatura da AL, proposta pelo deputado Issur Koch (PP), dedicou a homenagem aos seus colaboradores.

"Fui escolhido para receber, mas os merecedores dessa medalha são todos nossos colaboradores, que são 1,3 mil diretos e mais 800 que trabalham exclusivamente para nós, em fábricas que produzem para Luz da Lua. Só somos o que somos em função da qualidade dos nossos funcionários", destacou em seu discurso.

Visivelmente emocionado, o empresário frisou que o povo gaúcho é trabalhador e, embora tenha havido oportunidades da marca sair do RS, se manteve pela qualidade do trabalho das pessoas.

"Eles sabem que damos a melhor condição de trabalho, são remunerados da melhor forma possível. Vocês falam em dificuldades, mas as dificuldades são menores porque a qualificação dos nossos funcionários é boa. Qualquer coisa que se define na fábrica tem a participação deles", declarou o empresário.

Celso lembrou o incêndio do ano passado, na fábrica em Novo Hamburgo. "Ficamos tristes, mas em 15 dias ninguém mais falava no incêndio e em 30 dias voltamos com a produção. Isso é a lealdade deles", reconheceu.

Para celebrar com os funcionários, Celso programou até festa no próximo dia 20 de outubro. "Nada mais justo do que comemorar com eles e programar os próximos 30 anos", comentou.

Empresa tem 30 anos de história

A Luz da Lua iniciou em Novo Hamburgo em 1993. "Tinha meia dúzia de funcionários", lembrou o empresário, que sempre teve ao seu lado a esposa, Maria Izabel Deves Jorge e os filhos Henrique e Isadora. Além da família, o sócio Delmar Bender acompanhou a solenidade.

Nas três décadas de história na produção de bolsas, calçados e acessórios, e empresa mantém a sede em Novo Hamburgo e filiais em Presidente Lucena e São Pedro da Serra, empregando mais de 1,3 mil funcionários.

No primeiro trimestre de 2024, a marca expandirá para Estância Velha. De acordo com a empresa, serão 18 mil metros quadrados de estrutura física naquela que será a mais moderna planta fabril calçadista do Brasil e da América Latina, gerando mais de mil empregos diretos na nova unidade.

Valorização das pessoas

O deputado Issur também ressaltou a importância dos colaboradores na trajetória da marca. “Ouvi certa vez o Celso dizer: se o funcionário estiver bem, a empresa está bem. E isso não é da boca pra fora. São palavras que se transformam em ações, fazendo com que a Luz da Lua tenha baixa rotatividade e entregue resultados para todos: direção, colaboradores, fornecedores, o mercado e, principalmente, para aquele que paga a conta: sua excelência, o cliente”.

Issur destacou que Celso, ao longo de sua carreira notável, demonstrou visão, determinação e paixão, transformando uma ideia em uma marca de calçados, bolsas e acessórios que transcende fronteiras.

“Nunca saberemos dos dias de aflição que Celso e família, ao lado do sócio e parceiro de sempre, Delmar Bender, passaram sem saber se seria possível cumprir a folha de pagamento e os mais de 50 impostos e contribuições de uma carga tributária criada para sustentar uma máquina pública que cobra tributos de primeiro mundo e entrega serviços de oitavo mundo”, criticou.