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SUSPEITA DE CORRUPÇÃO

OPERAÇÃO FANDANGO: Prefeitura de Cachoeira do Sul é alvo de operação do Ministério Público

Prefeito José Otávio Germano e secretários municipais foram afastados dos cargos por determinação judicial

Ubiratan Júnior
Publicado em: 28/09/2023 às 11h:19 Última atualização: 04/12/2023 às 14h:11
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Uma investigação de fraude em licitações, corrupção e concussão resultou em operação na manhã desta quinta-feira (28) no Rio Grande do Sul. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura de Cachoeira do Sul e das secretarias municipais de Administração e Fazenda, Interior e Transportes, Meio Ambiente e Obras, bem como em residências de agentes públicos, agentes privados e empresários investigados e seus respectivos empreendimentos no município, onde foram arrecadados documentos e equipamentos eletrônicos.

PREFEITO AFASTADO SOLTA NOTA SOBRE OPERAÇÃO FANDANGO



Funcionários da administração municipal foram afastados de seus cargos e proibidos de frequentar as dependências do Poder Executivo, além de manter qualquer espécie de contato com demais investigados e suspeitos. Entre os afastados está o prefeito José Otávio Germano (PP). Porém, o Ministério Público não informou os nomes dos investigados. A reportagem tenta contato com o político. O espaço está disponível para manifestação.

Já os empresários alvos da investigação foram proibidos de exercer qualquer atividade, direta ou indireta, de natureza econômica e financeira com a prefeitura e tiveram contratos já firmados suspensos.

As ordens foram expedidas pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. De acordo com o Ministério Público, a denominada Operação Fandango apura possíveis delitos licitatórios, corrupção ativa e passiva, concussão, bem como a prática de crimes de responsabilidade.

“As investigações preliminares apontam que havia um ajuste das empresas contratadas e administradores locais no sentido de receber parcelas derivadas dessas licitações. Valores esses que eram custeados em despesas pessoais de administradores”, afirma o Procurador-geral de Justiça, Alexandre Saltz. De acordo com ele, existem fortes indícios da participação dos investigados.

Saltz explica que o afastamento cautelar dos servidores da prefeitura foi para evitar o risco de perda de provas. “A investigação prossegue a partir da análise a partir dos documentos que foram apreendidos [na operação]”, conclui o procurador. Após a conclusão, uma denúncia deverá ser encaminhada para o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

As investigações são conduzidas pela Procuradoria da Função Penal Originária. Também participaram da operação promotores de Justiça vinculados ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRS), servidores e policiais adidos do MPRS, bem como integrantes da Divisão de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil.

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