Além de serem depósitos de descarte de resíduos industriais, os três imóveis que pegaram fogo na RS-115, em Taquara, têm mais uma coisa em comum: “Forte indício de que [os incêndios] tenham sido criminosos”, aponta o delegado Valeriano Garcia Neto, da Delegacia de Polícia da cidade.
As chamas nas estruturas, localizadas na mesma propriedade, aconteceram com uma diferença de seis dias, sendo que um deles pegou fogo na quarta-feira da semana passada (26) e os outros dois nesta terça-feira (1º). Os imóveis ficam a poucos metros de distância no bairro Santa Maria, às margens da rodovia. Ainda não se sabe o que iniciou os incêndios.
Conforme o delegado, os imóveis pertencem a uma empresa que está em processo de falência. A Polícia Civil acionou o Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Trabalho continua
O Corpo de Bombeiros de Taquara atua desde as 8h45 da manhã para conter o novo incêndio. Além de Parobé e Sapiranga, a equipe da cidade conta também com o apoio de uma guarnição de São Leopoldo, que levou uma carreta com cerca de 40 mil litros de água, conforme o coordenador da Defesa Civil de Taquara, Alessandro Santos, que está no local.
A prefeitura auxilia com retroescavadeiras para abafar o fogo. Além de auxiliar no resfriamento das máquinas, os Bombeiros tentam impedir que as chamas alcancem outro imóvel que armazena combustível próximo ao endereço.
Crime ambiental
Durante o combate às chamas, além de resíduo industrial, Garcia esclarece que foi encontrado uma grande quantidade de material hospitalar descartado de forma irregular. A Polícia busca entender qual a origem dos objetos.
Não se sabe também há quanto tempo o material está no local, visto que o depósito está desativado. O delegado não precisou há quanto tempo o imóvel está fora de funcionamento.
Além do IGP, a Delegacia do Meio Ambiente (Dema) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) foi acionada para apurar o caso.
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