Após três anos de um crime que mobilizou e comoveu a região, nesta quarta-feira (3), o Tribunal do Júri de Sapiranga condenou, à 15 anos de prisão, o homem acusado de matar Gabriele Wilbert, de 23 anos, que era moradora de Araricá e estudava de educação física na Universidade Feevale.
Conforme a denúncia do Ministério Público, o réu matou a vítima por ciúmes. No dia 8 de maio de 2020, ele atraiu a vítima para o interior do seu veículo na cidade onde ela residia e a levou para uma região de mata próxima à Prainha Dourada, em Sapiranga. Neste local, ele matou a industriária com um tiro na cabeça e a enterrou em uma cova rasa. Na época, eles mantinham um relacionamento afetivo.
Gabriele ficou desaparecida por uma semana. Familiares, amigos e comunidade se mobilizaram em divulgação do sumiço da jovem pelas redes sociais. Ela havia sido vista pela última vez deixando um posto de combustível em Sapiranga na noite de 8 de maio. Câmeras de vigilância registraram que ela deixou o local acompanhada do réu. A família registrou o desaparecimento no dia seguinte.
O companheiro da vítima, que na época tinha 25 anos, prestou depoimento na terça-feira seguinte e negou saber do paradeiro dela. No entanto, na sexta-feira, 15 de maio, após investigações da Polícia Civil a prisão dele foi decretada e na delegacia ele confessou ter matado a jovem.
O corpo de Gabriele foi encontrado na madrugada do dia 16, uma semana após o sumiço, no local que foi revelado à Polícia pelo acusado. No dia 5 de junho daquele mesmo ano, o laudo da perícia apontou a presença de sangue no veículo do homem, que segue preso.
O réu foi condenado por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio) e ocultação de cadáver.
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