FUROU A FILA?

FAUSTÃO: Filho do apresentador responde a críticas sobre a rapidez do transplante do pai

Com comentários de ter "furado a fila" do transplante, João Silva se manifesta nas redes sociais. Já Faustão, continua na UTI após realização da cirurgia para "adaptação do órgão e controle de rejeição"

Publicado em: 28/08/2023 09:06
Última atualização: 28/08/2023 09:07

Após Faustão passar pelo transplante de coração, diversas publicações nas redes sociais indagaram a rapidez com que o apresentador conseguiu realizar a cirurgia. O filho de Faustão, João Silva, compartilhou uma publicação de um médico especialista no processo de doação de órgão para explicar como funciona a organização da fila de espera. 


João Silva, filho do Faustão, atualiza quadro clínico do apresentador Foto: Reprodução/Redes Sociais

"Seguimos em oração pela rápida recuperação do nosso querido Fausto após a realização do transplante bem sucedido. Informem-se antes de julgar", diz a publicação, feita por Enzo Celulari e respostada por João. 


João Silva, filho de Faustão, se manifesta após críticas sobre o transplante de coração Foto: Reprodução

Na sequência, diversos tweets feitos pelo médico Pedro Carvalho, que dá detalhes sobre como funciona todo o processo, foram compartilhados. 

"'Fila' é um termo inadequado. 'Lista' é melhor. Por quê? Porque há uma série de critérios para se transplantar e a gravidade do paciente é o maior deles. Alguém que morrerá iminentemente sem o transplante será transplantada antes de uma pessoa mais antiga na lista. Além disso, o doador pode não ser compatível (grupo sanguíneo, painel de anticorpos) com uma pessoa e aí vai rodando a lista até achar um receptor. Claro que para pacientes em mesma situação clínica, o tempo de espera é, obviamente, um fator decisão", esclarece Carvalho. 

Ele disse que toda a documentação do processo de doação é "extremamente rígida", com a necessidade de "testemunhas", "cópias de documentos pessoais", e a "família é colocada a par de tudo".

"A doação é anônima: uma família que opta pela doação, não sabe para quem vai doar. Isso garante a segurança dela e, principalmente, do receptor. Há como descobrir quem recebeu? Sim, mas não pelo sistema de transplantes. Condições clínicas do receptor interferem na possibilidade de doação. Uma pessoa pode estar tão grave que não tem condições para suportar a cirurgia", continua o médico.

Carvalho ainda explicou que: "Apesar de ter o maior sistema do mundo, o BRASIL tem números de doadores muito aquém do necessário, e essas acusações interferem MUITO no processo de doação". "Último e mais importante: falem com suas famílias sobre seu desejo de ser doador, caso o pior aconteça. NÃO PRECISA ASSINAR DOCUMENTO. No Brasil, a família tem a decisão final, mas normalmente respeita-se a decisão da pessoa falecida."

Depois que a cirurgia foi feita, e com sucesso conforme o hospital, eles explicaram que "Fausto Silva permanece na UTI, pois as próximas horas são importantes para acompanhamento da adaptação do órgão e controle de rejeição". 

"O Einstein foi acionado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo na madrugada de hoje (domingo), quando foi iniciada a avaliação sobre compatibilidade do órgão, levando em consideração o tipo sanguíneo B", comunicou o hospital. 

Apesar de não ter dado detalhes sobre o doador do órgão, o hospital confirma que seguiu todo o trâmite estabelecido para captar órgão doado e constatar sua viabilidade. 

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