abc+

PREPARE-SE

El Niño: Fenômeno ganha força e deve atingir outro patamar na primavera; entenda

Aquecimento das águas do Oceano Pacífico trará ao longo dos próximos meses chuva acima da média e temporais frequentes

Jornal VS
Publicado em: 01/09/2023 às 13h:53 Última atualização: 01/09/2023 às 13h:53
Publicidade

Desde 8 de junho as condições climáticas do planeta está sob influência do fenômeno El Niño. Os efeitos puderam ser sentido no Rio Grande Sul ainda naquele mês e em julho, quando o Estado foi atingido por temporais e por passagens de ciclones que deixaram rastros de destruição e mortes.

Mapa de aquecimento do Oceano Pacífico | Jornal NH



Mapa de aquecimento do Oceano Pacífico

Foto: Metsul

De acordo com a Metsul Metereologia, o El Niño ganhará força e deve atingir o patamar de intensidade forte no decorrer da primavera, que inicia oficialmente no dia 23 de setembro. Conforme os especialistas, a possibilidade de o nível de Super El Niño não está descartada. Os efeitos do fenômeno serão mais sentidos a partir das próximas semanas no Sul do Brasil.

Segundo a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), a agência de tempo e clima do governo dos Estados Unidos, no último boletim semanal a anomalia de temperatura da superfície do mar era de 1,5ºC na denominada região Niño 3.4, no Pacífico Equatorial Central, que é usada oficialmente para definir se há El Niño ou La Niña e qual sua intensidade.

O valor atingiu pela primeira vez a faixa de El Niño forte (+1,5ºC a +1,9ºC), mas serão precisos várias semanas neste patamar para se classificar o fenômeno como forte, o que a MetSul acredita vai ocorrer. A anomalia de +1,5ºC foi a maior parte nesta área do Pacífico desde a semana de 16 de março de 2016, quando do Super El Niño de 2015 e 2016.

Por outro lado, a região Niño 1+2, no Pacífico junto aos litorais do Peru e do Equador, apresentou anomalia de +3,1ºC, ainda em patamar de muito intenso El Niño costeiro, mas abaixo do pico de 3,5ºC da semana de 19 de julho deste ano.

A Metsul projeta que o El Niño pode ter seu pico de intensidade no último trimestre deste ano, entre a primavera e o começo do verão. Os meteorologistas afirmam que o fenômeno tem potencial para atingir o patamar de forte.

Um cenário de Super El Niño com anomalias acima de +2ºC por várias semanas seguidas ainda não pode ser descartado. Vários modelos seguem indicando que as anomalias podem superar +2,0ºC no Pacífico Central e a média dos modelos de clima dinâmicos está justamente ao redor deste patamar para o final deste ano.

A perspectiva é que este evento de El Niño persista durante o verão. Projeções de modelos de clima apontam que ao menos até o outono de 2024 o Pacífico deve permanecer na fase quente, influenciando o clima ainda nos primeiros meses do próximo ano. A probabilidade de o El Niño seguir no começo de 2024 é altíssima.

O fenômeno de aquecimento das águas do Oceano Pacífico trará ao longo dos próximos meses chuva acima a muito acima da média com enchentes, temporais frequentes e ainda temperatura acima das médias históricas no Sul do Brasil. No Norte do país, ao contrário, a tendência é de seca. Os sinais do El Niño no Centro-Oeste e no Sudeste são mistos com tendência maior para temperatura acima da média.

Publicidade

Matérias Relacionadas

Publicidade
Publicidade