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SÓ NA META

Educação em tempo integral ainda não é realidade na região

Em 2024 vence o prazo para o Brasil cumprir objetivo de oferecer ensino integral em no mínimo 50% das escolas públicas

Débora Ertel
Publicado em: 14/07/2023 às 08h:00
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Em menos de seis meses, o Plano Nacional de Educação (PNE) completa dez anos. Criado pela Lei nº 13.005/2014, estipulou que o Brasil teria uma década para alcançar 20 metas que, somadas, mudariam a situação da educação do Brasil. Em especial, universalizando o acesso às crianças e jovens e ofertando maior qualidade de aprendizagem.

Próximo do prazo final, é unanimidade que o PNE não cumpriu o tema de casa. Tanto que o governo federal já prepara um novo PNE, que terá de repetir muitos dos propósitos que não foram cumpridos. Dentre os objetivos não alcançados, a meta 6 é uma das que está longe de sair do papel.

Com turno integral, Escola Neusa Mari Pacheco, o Ciep de Canelas, oferece atividades na piscina | Jornal NH



Com turno integral, Escola Neusa Mari Pacheco, o Ciep de Canelas, oferece atividades na piscina

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

A meta 6 do PNE estabelece que, até 2024, o Brasil deve oferecer educação em tempo integral em no mínimo 50% das escolas públicas, de modo que atenda a, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica – que vai da educação infantil até o ensino médio.

Os dados do Censo Escolar 2022, divulgados em fevereiro pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostram que no Brasil apenas 6,9% das escolas públicas tinham entre 20% e 50% dos alunos matriculados em tempo integral. Além disso, 50,7% das escolas, o que equivale a 90.487 estabelecimentos, não possuíam nenhum estudante com jornada integral. O Conselho Nacional de Educação considera como turno integral a jornada a partir de sete horas diárias na escola.


Apenas 6,9% das escolas públicas têm entre 20% e 50% dos alunos matriculados em tempo integral

Entre 39 municípios da região, os dados não são muito diferentes. O gargalo do poder público está na educação dos alunos maiores. O Censo Escolar listou 1.020 estabelecimentos públicos de ensino em 2022, que juntos somaram 248.619 matrículas. No ensino integral, cerca de 19,4% dos alunos.

No ensino fundamental eram 147.274 estudantes matriculados, sendo que 10,9% frequentavam o turno integral na rede pública, com a maioria em escolas municipais. Isso representa 16.081 alunos. O percentual regional é maior que do Rio Grande do Sul, que tinha apenas 6,9% das matrículas em turno integral. No Brasil, o índice era de 14,4%.

Já no ensino médio, atendido em sua integralidade pelo Estado, apenas 2,16% dos estudantes acessavam a educação integral na região no ano passado. Conforme os dados do censo, eram 899 jovens, sendo que o total de matriculados totalizava 41.615. Em nível estadual, o total de atendimentos em turno integral é de 4,7%, ou seja, a região está abaixo da média gaúcha. O Rio Grande do Sul aqui amarga a segunda pior marca do Brasil, só à frente do Paraná, que atende 4,45% das matrículas do ensino médio em tempo integral. No Brasil, o percentual estava em 20,4%, alavancado principalmente pelos estados do Nordeste.

Na educação infantil é que se tem os melhores resultados na região, com 56% das crianças matriculadas atendidas em turno integral no ano passado, ou seja, 29.990 das 53.487.

 *Colaborou: Mônica Pereira

"Muito além de um plano de governo", diz diretora

Em menos de seis meses, o Plano Nacional de Educação (PNE) completa dez anos. Criado pela Lei nº 13.005/2014, estipulou que o Brasil teria uma década para alcançar 20 metas que, somadas, mudariam a situação da educação do Brasil. Em especial, universalizando o acesso às crianças e jovens e ofertando maior qualidade de aprendizagem.

Próximo do prazo final, é unanimidade que o PNE não cumpriu o tema de casa. Tanto que o governo federal já prepara um novo PNE, que terá de repetir muitos dos propósitos que não foram cumpridos. Dentre os objetivos não alcançados, a meta 6 é uma das que está longe de sair do papel.

Com turno integral, Escola Neusa Mari Pacheco, o Ciep de Canelas, oferece atividades na piscina | Jornal NH



Com turno integral, Escola Neusa Mari Pacheco, o Ciep de Canelas, oferece atividades na piscina

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

A meta 6 do PNE estabelece que, até 2024, o Brasil deve oferecer educação em tempo integral em no mínimo 50% das escolas públicas, de modo que atenda a, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica – que vai da educação infantil até o ensino médio.

Os dados do Censo Escolar 2022, divulgados em fevereiro pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostram que no Brasil apenas 6,9% das escolas públicas tinham entre 20% e 50% dos alunos matriculados em tempo integral. Além disso, 50,7% das escolas, o que equivale a 90.487 estabelecimentos, não possuíam nenhum estudante com jornada integral. O Conselho Nacional de Educação considera como turno integral a jornada a partir de sete horas diárias na escola.


Apenas 6,9% das escolas públicas têm entre 20% e 50% dos alunos matriculados em tempo integral

Entre 39 municípios da região, os dados não são muito diferentes. O gargalo do poder público está na educação dos alunos maiores. O Censo Escolar listou 1.020 estabelecimentos públicos de ensino em 2022, que juntos somaram 248.619 matrículas. No ensino integral, cerca de 19,4% dos alunos.

No ensino fundamental eram 147.274 estudantes matriculados, sendo que 10,9% frequentavam o turno integral na rede pública, com a maioria em escolas municipais. Isso representa 16.081 alunos. O percentual regional é maior que do Rio Grande do Sul, que tinha apenas 6,9% das matrículas em turno integral. No Brasil, o índice era de 14,4%.

Já no ensino médio, atendido em sua integralidade pelo Estado, apenas 2,16% dos estudantes acessavam a educação integral na região no ano passado. Conforme os dados do censo, eram 899 jovens, sendo que o total de matriculados totalizava 41.615. Em nível estadual, o total de atendimentos em turno integral é de 4,7%, ou seja, a região está abaixo da média gaúcha. O Rio Grande do Sul aqui amarga a segunda pior marca do Brasil, só à frente do Paraná, que atende 4,45% das matrículas do ensino médio em tempo integral. No Brasil, o percentual estava em 20,4%, alavancado principalmente pelos estados do Nordeste.

Na educação infantil é que se tem os melhores resultados na região, com 56% das crianças matriculadas atendidas em turno integral no ano passado, ou seja, 29.990 das 53.487.

 *Colaborou: Mônica Pereira

Ensino em tempo integral vai além de passar mais tempo na escola

Em menos de seis meses, o Plano Nacional de Educação (PNE) completa dez anos. Criado pela Lei nº 13.005/2014, estipulou que o Brasil teria uma década para alcançar 20 metas que, somadas, mudariam a situação da educação do Brasil. Em especial, universalizando o acesso às crianças e jovens e ofertando maior qualidade de aprendizagem.

Próximo do prazo final, é unanimidade que o PNE não cumpriu o tema de casa. Tanto que o governo federal já prepara um novo PNE, que terá de repetir muitos dos propósitos que não foram cumpridos. Dentre os objetivos não alcançados, a meta 6 é uma das que está longe de sair do papel.

Com turno integral, Escola Neusa Mari Pacheco, o Ciep de Canelas, oferece atividades na piscina | Jornal NH



Com turno integral, Escola Neusa Mari Pacheco, o Ciep de Canelas, oferece atividades na piscina

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

A meta 6 do PNE estabelece que, até 2024, o Brasil deve oferecer educação em tempo integral em no mínimo 50% das escolas públicas, de modo que atenda a, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica – que vai da educação infantil até o ensino médio.

Os dados do Censo Escolar 2022, divulgados em fevereiro pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostram que no Brasil apenas 6,9% das escolas públicas tinham entre 20% e 50% dos alunos matriculados em tempo integral. Além disso, 50,7% das escolas, o que equivale a 90.487 estabelecimentos, não possuíam nenhum estudante com jornada integral. O Conselho Nacional de Educação considera como turno integral a jornada a partir de sete horas diárias na escola.


Apenas 6,9% das escolas públicas têm entre 20% e 50% dos alunos matriculados em tempo integral

Entre 39 municípios da região, os dados não são muito diferentes. O gargalo do poder público está na educação dos alunos maiores. O Censo Escolar listou 1.020 estabelecimentos públicos de ensino em 2022, que juntos somaram 248.619 matrículas. No ensino integral, cerca de 19,4% dos alunos.

No ensino fundamental eram 147.274 estudantes matriculados, sendo que 10,9% frequentavam o turno integral na rede pública, com a maioria em escolas municipais. Isso representa 16.081 alunos. O percentual regional é maior que do Rio Grande do Sul, que tinha apenas 6,9% das matrículas em turno integral. No Brasil, o índice era de 14,4%.

Já no ensino médio, atendido em sua integralidade pelo Estado, apenas 2,16% dos estudantes acessavam a educação integral na região no ano passado. Conforme os dados do censo, eram 899 jovens, sendo que o total de matriculados totalizava 41.615. Em nível estadual, o total de atendimentos em turno integral é de 4,7%, ou seja, a região está abaixo da média gaúcha. O Rio Grande do Sul aqui amarga a segunda pior marca do Brasil, só à frente do Paraná, que atende 4,45% das matrículas do ensino médio em tempo integral. No Brasil, o percentual estava em 20,4%, alavancado principalmente pelos estados do Nordeste.

Na educação infantil é que se tem os melhores resultados na região, com 56% das crianças matriculadas atendidas em turno integral no ano passado, ou seja, 29.990 das 53.487.

 *Colaborou: Mônica Pereira

Programa federal prevê repasse de R$ 4 bilhões

Em menos de seis meses, o Plano Nacional de Educação (PNE) completa dez anos. Criado pela Lei nº 13.005/2014, estipulou que o Brasil teria uma década para alcançar 20 metas que, somadas, mudariam a situação da educação do Brasil. Em especial, universalizando o acesso às crianças e jovens e ofertando maior qualidade de aprendizagem.

Próximo do prazo final, é unanimidade que o PNE não cumpriu o tema de casa. Tanto que o governo federal já prepara um novo PNE, que terá de repetir muitos dos propósitos que não foram cumpridos. Dentre os objetivos não alcançados, a meta 6 é uma das que está longe de sair do papel.

Com turno integral, Escola Neusa Mari Pacheco, o Ciep de Canelas, oferece atividades na piscina | Jornal NH



Com turno integral, Escola Neusa Mari Pacheco, o Ciep de Canelas, oferece atividades na piscina

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

A meta 6 do PNE estabelece que, até 2024, o Brasil deve oferecer educação em tempo integral em no mínimo 50% das escolas públicas, de modo que atenda a, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica – que vai da educação infantil até o ensino médio.

Os dados do Censo Escolar 2022, divulgados em fevereiro pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostram que no Brasil apenas 6,9% das escolas públicas tinham entre 20% e 50% dos alunos matriculados em tempo integral. Além disso, 50,7% das escolas, o que equivale a 90.487 estabelecimentos, não possuíam nenhum estudante com jornada integral. O Conselho Nacional de Educação considera como turno integral a jornada a partir de sete horas diárias na escola.


Apenas 6,9% das escolas públicas têm entre 20% e 50% dos alunos matriculados em tempo integral

Entre 39 municípios da região, os dados não são muito diferentes. O gargalo do poder público está na educação dos alunos maiores. O Censo Escolar listou 1.020 estabelecimentos públicos de ensino em 2022, que juntos somaram 248.619 matrículas. No ensino integral, cerca de 19,4% dos alunos.

No ensino fundamental eram 147.274 estudantes matriculados, sendo que 10,9% frequentavam o turno integral na rede pública, com a maioria em escolas municipais. Isso representa 16.081 alunos. O percentual regional é maior que do Rio Grande do Sul, que tinha apenas 6,9% das matrículas em turno integral. No Brasil, o índice era de 14,4%.

Já no ensino médio, atendido em sua integralidade pelo Estado, apenas 2,16% dos estudantes acessavam a educação integral na região no ano passado. Conforme os dados do censo, eram 899 jovens, sendo que o total de matriculados totalizava 41.615. Em nível estadual, o total de atendimentos em turno integral é de 4,7%, ou seja, a região está abaixo da média gaúcha. O Rio Grande do Sul aqui amarga a segunda pior marca do Brasil, só à frente do Paraná, que atende 4,45% das matrículas do ensino médio em tempo integral. No Brasil, o percentual estava em 20,4%, alavancado principalmente pelos estados do Nordeste.

Na educação infantil é que se tem os melhores resultados na região, com 56% das crianças matriculadas atendidas em turno integral no ano passado, ou seja, 29.990 das 53.487.

 *Colaborou: Mônica Pereira

Saiba mais

Em menos de seis meses, o Plano Nacional de Educação (PNE) completa dez anos. Criado pela Lei nº 13.005/2014, estipulou que o Brasil teria uma década para alcançar 20 metas que, somadas, mudariam a situação da educação do Brasil. Em especial, universalizando o acesso às crianças e jovens e ofertando maior qualidade de aprendizagem.

Próximo do prazo final, é unanimidade que o PNE não cumpriu o tema de casa. Tanto que o governo federal já prepara um novo PNE, que terá de repetir muitos dos propósitos que não foram cumpridos. Dentre os objetivos não alcançados, a meta 6 é uma das que está longe de sair do papel.

Com turno integral, Escola Neusa Mari Pacheco, o Ciep de Canelas, oferece atividades na piscina | Jornal NH



Com turno integral, Escola Neusa Mari Pacheco, o Ciep de Canelas, oferece atividades na piscina

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

A meta 6 do PNE estabelece que, até 2024, o Brasil deve oferecer educação em tempo integral em no mínimo 50% das escolas públicas, de modo que atenda a, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica – que vai da educação infantil até o ensino médio.

Os dados do Censo Escolar 2022, divulgados em fevereiro pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostram que no Brasil apenas 6,9% das escolas públicas tinham entre 20% e 50% dos alunos matriculados em tempo integral. Além disso, 50,7% das escolas, o que equivale a 90.487 estabelecimentos, não possuíam nenhum estudante com jornada integral. O Conselho Nacional de Educação considera como turno integral a jornada a partir de sete horas diárias na escola.


Apenas 6,9% das escolas públicas têm entre 20% e 50% dos alunos matriculados em tempo integral

Entre 39 municípios da região, os dados não são muito diferentes. O gargalo do poder público está na educação dos alunos maiores. O Censo Escolar listou 1.020 estabelecimentos públicos de ensino em 2022, que juntos somaram 248.619 matrículas. No ensino integral, cerca de 19,4% dos alunos.

No ensino fundamental eram 147.274 estudantes matriculados, sendo que 10,9% frequentavam o turno integral na rede pública, com a maioria em escolas municipais. Isso representa 16.081 alunos. O percentual regional é maior que do Rio Grande do Sul, que tinha apenas 6,9% das matrículas em turno integral. No Brasil, o índice era de 14,4%.

Já no ensino médio, atendido em sua integralidade pelo Estado, apenas 2,16% dos estudantes acessavam a educação integral na região no ano passado. Conforme os dados do censo, eram 899 jovens, sendo que o total de matriculados totalizava 41.615. Em nível estadual, o total de atendimentos em turno integral é de 4,7%, ou seja, a região está abaixo da média gaúcha. O Rio Grande do Sul aqui amarga a segunda pior marca do Brasil, só à frente do Paraná, que atende 4,45% das matrículas do ensino médio em tempo integral. No Brasil, o percentual estava em 20,4%, alavancado principalmente pelos estados do Nordeste.

Na educação infantil é que se tem os melhores resultados na região, com 56% das crianças matriculadas atendidas em turno integral no ano passado, ou seja, 29.990 das 53.487.

 *Colaborou: Mônica Pereira

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