Dois projetos de Campo Bom estão entre os 10 finalistas da segunda fase do concurso “Meu Pátio é o Mundo”, que busca incentivar e reconhecer boas práticas em educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS) realizadas por instituições da primeira infância. As escolas Emei D. Pedro I, do bairro Mônaco, e Emei Guilhermina Blos, do bairro Celeste, foram selecionadas entre mais de 40 inscritos, e agora disputam o 1º lugar com outros estados.
Foto: Laura Rolim/GES-Especial
A cidade, que disputa o prêmio pela segunda vez, conquistou o 1º lugar em 2022 com a Emei Claudy Schaefer, do bairro Morada do Sol. O Prêmio é uma iniciativa conjunta entre Investimento Social Arcor (ISA), Organização Mundial para a Educação Pré-Escolar (OMEP), com a participação dos Comitês Nacionais da Argentina, Brasil, Chile, Uruguai, Peru e Paraguai.
Projetos
Com o projeto “Somos únicos – mas juntos fazemos a diferença”, da turma do Pré 1 da Emei D. Pedro I, os alunos realizaram uma campanha de conscientização sobre os cuidados que se deve ter com o meio ambiente e sobre o direito das crianças brincarem em uma natureza saudável.
Os estudantes observaram a natureza e realizaram pesquisas, depois, juntaram todas as informações em um panfleto. Através da ajuda das famílias, o grupo distribuiu para a comunidade e seguiu disseminando o projeto na feira de ciência e na Revista Educação em Ação, da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, com o artigo “Brincar na natureza em um ambiente saudável é direito da criança”.
“Eles são os semeadores da natureza. Nós quase não utilizamos a sala. O cotidiano é, principalmente, no quintal da escola. Incentivamos esse brincar na natureza, pois é o que vai ficar marcado na infância. A educação infantil tem que estimular o contato e é direito da criança de estar em uma natureza saudável”, destaca Micheli Frohlich Fleck, uma das professoras responsáveis pelo projeto.
Vladimir Luis da Silva, que também é idealizador do projeto, diz que a importância do contato com o pátio está nas memórias afetivas que as crianças podem ter. “Nós como adultos, tentamos sempre fazer isso na escola, como um espaço que pode propiciar esses momentos de grandes significados”.
Já o projeto “Bebês na natureza: o brincar livre no pátio como possibilitador de vivências, descobertas e aprendizagens” da Emei Guilhermina Blos, é resultado da oportunidade de vivência cotidianas às crianças em meio à natureza, através de passeios em torno da escola. As professoras referência da turma do Nível 1, em parceria com o projeto Eco Educação, proporcionaram momentos ao ar livre, para que os bebês pudessem aproveitar o espaço externo, além de identificar as propriedades da natureza.
“Sempre buscamos pautar que a criança brinque com a natureza. Estamos voltando a nos integrar com o todo. Desde pequeno eles vão tendo esse contato, afinal, é muito melhor trabalhar com o vivo. Aqui temos chás, temperos, e eles podem consumir tudo”, afirma Naliane Mützenberg, professora do Nível 1.
Para ela, estar entre as escolas finalistas é um reconhecimento de um trabalho que vem sendo feito há algum tempo. “Estamos bem animadas. Agora temos a fase teórica que vai para a seleção final”, diz, com expectativa. Além de Naliane, fazem parte também as professoras Bianca Fernandes, Franciele da Rocha e Andréia Pospichil.
EMEI D. Pedro I estimula brincadeiras no pátio da escola
Laura Rolim/GES-Especial
Contato com a natureza estimula a aprendizagem
Laura Rolim/GES-Especial
Contato com a natureza estimula a aprendizagem
Laura Rolim/GES-Especial
Naliane Mützenberg é uma das responsáveis pelo projeto da EMEI Guilhermina Blos
Laura Rolim/GES-Especial
EMEI D. Pedro I estimula brincadeiras no pátio da escola
Laura Rolim/GES-Especial
“No ano passado tínhamos um projeto classificado na segunda etapa e fomos vencedores. Agora, com dois entre os dez melhores, cresce a expectativa de vitória. Mas o simples fato de estarmos entre os primeiros, dois anos seguidos, já é motivo de grande alegria”, diz a Secretária de Educação e Cultura, Simone Schneider.
A coordenadora da Educação Infantil de Campo Bom, Cristiane Wagner Muller, diz que estão felizes por estarem concorrendo. “Independente das escolas serem vencedoras, o maior prêmio é saber que a infância das nossas crianças está garantida”, expressa.
Finalistas vão para a seleção final
De julho a setembro, os finalistas receberão acompanhamento virtual de um tutor para preparar o artigo sobre a experiência para concorrer ao prêmio. O projeto vencedor no Brasil receberá um prêmio que consiste em uma ordem de compra de material didático relacionado ao projeto apresentado no valor aproximado de US$ 1,5 mil, que equivale a R$ 8 mil. O júri selecionará entre todos os artigos pré-selecionados um vencedor e uma menção honrosa.
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