Domingo foi de velocidade em duas rodas no Velopark

A tarde deste domingo (6) foi de muita velocidade no autódromo do Velopark, em Nova Santa Rita. Os pilotos do Campeonato Sul Brasileiro de Motovelocidade aceleraram na 5ª etapa da competição, a próxima será no mês de novembro, em Rivera, no Uruguai.

Foram oito categorias na pista: GP 160 Júnior, Copa Ninja 260, GP 300, GP 400, Supersport, Superbike, Copa Carlos Barcelos e Moto F. Cada uma com suas cilindradas e características diferentes, porém com uma coisa em comum: a paixão pela motovelocidade.

Segundo o organizador e idealizador do campeonato, Carlos Barcelos, as disputas acontecem no turno da tarde para evitar uma possível neblina. Ainda assim, o domingo foi perfeito para a prática do esporte. O sol brilhava no céu azul de Nova Santa Rita. “O público está reconhecendo e redescobrindo a motovelocidade. Voltando a curtir o autódromo, conhecendo a competição.”

Nível alto

Barcelos afirma que o nível da competição vem crescendo rapidamente. “Temos pilotos fantásticos, o nível melhorou muito. A pilotagem segura, técnica e isso tem elevado a régua da motovelocidade no sul do país, que era muito alta na década de 1990.”

Para ajudar na qualidade do evento, Barcelos conta que os equipamentos de segurança estão cada vez mais avançados. "Os macacões contam com airbag, equipamentos de alta qualidade. As luvas, o capacete estão melhores."

Outra situação que está ajudando é o intercâmbio de pilotos. Nesta etapa, por exemplo, havia dois estrangeiros, um argentino e outro uruguaio. Eles disputaram as categorias Supersport e Superbike respectivamente. Inclusive, ambos foram vencedores em suas baterias.

Paixão ainda é nova

O porto-alegrense Eduardo Barcellos, 44 anos, não imaginava há dois anos que estaria hoje, correndo de moto em uma pista a mais de 200 km/h. “Tirei a carteira de moto há dois anos e comecei a correr há um ano e meio”, diz. Ele explica que primeiro comprou a motocicleta para andar na rua e depois, ao ver alguns acidentes, resolveu participar de cursos para aumentar a segurança. “Reduzir a margem de erro, aqui seria o melhor local para correr.”

Esse é o segundo ano em que participa da Copa Carlos Barcelos, competição de entrada para os pilotos. “Ano passado me acidentei em Tarumã, quebrei um braço e o capacete. Apaguei na pista, mas não tive receio de voltar e fui acelerando aos poucos.”

Quem também começou há pouco, foi o morador de Cachoeirinha Diego Motta, 40 anos. “Não gostava, não andava. Com 37 anos vendi uma casa e ganhei a moto na troca, um amigo me ensinou a andar.”

Foi então que conheceu Carlos Barcelos e começou a correr. “O professor Carlos me incentivou e hoje estou pelo segundo ano no Sul Brasileiro, na categoria Superbike.” Sobre disputar um Nacional, Diego diz que não é o objetivo. "É um hobbie", completa.

Velocidade: 273 km/h e susto na Copa CB

Em segundo lugar no Superbike Light, Diego reitera pretender subir de categoria, apesar de não pensar no Nacional. “Meu plano é passar para a Superbike Pro.” Em relação à velocidade máxima já atingida, o piloto conta que já chegou aos 273 km/h. “Tu entra ali e não consegue pensar em nada. Baixou a viseira e só pensa na moto, curva, em não se machucar e não machucar ninguém.”

Falando em susto, durante a prova da Copa Carlos Barcelos deste domingo, um acidente na curva seis preocupou o público, pilotos e os organizadores. Um dos competidores perdeu o controle, se chocando contra os pneus. A organização também usa uma barreira de ar, para dar mais segurança. O motociclista não se feriu e a moto sofreu apenas danos materiais, derramando combustível na pista. Restando três voltas para o fim da corrida, os pilotos retornaram aos boxes e depois da limpeza, retornaram para a relargada.