ESTRAGOS

Dez dias após ciclone, ruas permanecem alagadas em Canoas

Prefeitura anunciou construção de duas casas de bombas no bairro Mato Grande ao custo de R$ 70 milhões

Publicado em: 03/10/2023 10:35
Última atualização: 18/10/2023 20:37

Dezenas de ruas alagadas e centenas de telhados afetados pelo granizo. Estas foram as consequências do ciclone que há dez dias deixou um rastro de destruição em Canoas. Desde então, equipes das Secretarias de Obras e Serviços Urbanos percorrem a cidade realizando mutirões de limpeza e manutenções nos locais mais atingidos.

Coleta de lixo enfrenta problemas no Mato Grande Foto: PAULO PIRES/GES

Segundo o secretário de Obras, Guilherme Molin, ainda há muita coisa para colocar em dia. “Conseguimos uma janela de tempo bom. Isso está ajudando nos serviços de manutenção das casas de bombas. Em setembro não foi possível por conta das chuvas. A Secretaria de Serviços Urbanos está conosco para limpar aquelas vias mais impactadas com os alagamentos.”

Outra questão abordada pelo secretário, refere-se a necessidade de ampliação das operações tapa-buracos. “O asfalto cedeu em muitos pontos, então nossas equipes estão focadas em resolver a questão o quanto antes.” Os cinco ecopontos do município também foram liberados para receber as telhas danificadas pelo granizo. O objetivo é garantir o descarte correto destes materiais. Os locais funcionam diariamente das 8 às 12 e das 13 às 18 horas.

Rua Antônio Wobeto

Uma das principais reclamações dos moradores está endereçada para a rua Antônio Wobeto, no bairro Mato Grande. Já são ao menos 15 dias com a via alagada. De acordo com Molin, isso acontece pelo fato da localidade não contar com um sistema de casas de bombas ou dique. “O escoamento só se dá por gravidade. Não é feito por bombeamento forçado.”

Duas casas de bombas serão construídas na região, além de um dique. O investimento será de aproximadamente R$ 70 milhões e os recursos garantidos através de uma parceria com a Companhia Riograndense de Saneamento.

Obra de três anos

Molin explica que a obra deve durar ao menos três anos. “Estamos na fase dos licenciamentos ambientais. Não é uma obra simples.” O secretário afirma que medidas paliativas estão sendo tomadas no bairro. São três tratores bombeando a água diariamente e além disso, duas bombas elétricas foram locadas. “O ponto crítico encontra-se na Vala da Madrinha. Equipes da Secretaria estão se revezando com a Guarda Municipal para garantir o pleno funcionamento dos equipamentos.”

Os cinco motores instalados são capazes de drenar aproximadamente 1,2 mil litros de água por segundo. “Ainda assim é insuficiente, o problema será totalmente resolvido apenas com a conclusão das obras previstas.” Quando a água baixar, o secretário confirma que o serviço de hidrojateamento será utilizado para limpeza dos bueiros. “Também estamos fazendo a troca da tubulação que quebrou devido à erosão.”

 

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