Há dois meses, os familiares de Selívio Colombo, de 66 anos, estão sem saber sobre o paradeiro do morador de Três Coroas, no Vale do Paranhana. O desaparecimento é investigado pela Polícia Civil, que segue sem pistas do que aconteceu com o idoso.
O homem saiu na tarde de 13 de julho e depois disso não foi mais visto. “Ele continua desaparecido e a gente não tem possibilidade de descartar nenhuma hipótese. Infelizmente, é um caso bem complexo, bem peculiar, principalmente por ele já ter desaparecido anteriormente”, afirma o delegado Ivanir Luiz Moschen Caliari.
O primeiro desaparecimento de Colombo foi registrado em abril deste ano, quando ele sumiu após dizer à família que iria fazer o conserto de uma mangueira em um sítio. Na ocasião, também foi feito registro na delegacia e os Bombeiros encontraram o idoso caminhando na área rural do município.
Dessa forma, Caliari diz que o indício mais forte “é que ele possa ter tido uma desorientação”. A Polícia já ouviu familiares e vizinhos do idoso como testemunhas, mas segue sem novidades. “Nós continuamos as investigações e não afastamos nenhuma hipótese.”
O delegado também pediu a quebra de sigilo bancário em três contas de Colombo, mas “não houve qualquer movimentação suspeita”. Segundo a investigação, o desaparecido não tinha telefone celular e saiu de casa apenas com a roupa que usava sem levar documentos. Ele teria deixado a carteira com R$ 1 mil na residência.
IGP esteve na propriedade do idoso
No fim de agosto, o Departamento de Criminalística, do Instituto-Geral de Perícias (IGP), esteve no local para coletar materiais. A propriedade fica na localidade de Canastra Alta, na zona rural de Três Coroas. A equipe do IGP aplicou a substância luminol, que é capaz de identificar sangue humano em superfícies mesmo após passado longo período.
Segundo a Polícia Civil, os peritos coletaram e levaram para o laboratório de identificação genética alguns pontos com possível gotejo de sangue humano. Caliari explica que trata-se de locais de desempenho de trabalhos de agropecuária. Os resultados da análise do IGP ainda não foram enviados à Polícia.
“Se não surgirem fatos novos que levem para outro sentido, não dá para afirmar que ele foi vítima de um homicídio”, destaca o delegado.
Em nota, Fábio Fischer, advogado de Márcia Moser, companheira de Colombo, disse que “vem acompanhando o caso com a família e que estes estão prestando todas as informações necessárias com vistas a auxiliar a autoridade policial nas buscas”. Segundo Fischer, a “família solicita que qualquer informação acerca do paradeiro de Selívio seja imediatamente repassada às autoridades”.
Bombeiros fizeram buscas
O Corpo de Bombeiros Voluntários do município fizeram diversas buscas ao idoso, mas não tiveram êxito. A última ação dos bombeiros foi a cerca de duas semanas, quando policiais civis, bombeiros militares e voluntários realizarem buscas com cães farejadores no sítio onde o homem morava.
Devido a falta de novas informações de onde o idoso possa estar, as buscas não foram retomadas.
Pistas podem ser repassadas à Polícia
Quem tiver informações sobre o paradeiro de Colombo pode relatar à Polícia Civil, inclusive anonimamente, pelo telefone (51) 3546-1190.
Colaborou: Ubiratan Júnior
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