INQUÉRITO CONCLUÍDO
CORPO NA GELADEIRA: Mulher é indiciada por ocultação de cadáver de jornalista gaúcho no Sergipe
Restos mortais foram encontrados no dia 20 de setembro, durante uma ação de despejo, em um apartamento no bairro Suíssa, em Aracaju
Última atualização: 04/10/2023 09:41
Duas semanas após o corpo do advogado e jornalista gaúcho Celso Adão Portella ter sido encontrado dentro de uma geladeira no Sergipe, a Polícia Civil concluiu a investigação. O caso aconteceu no dia 20 de setembro, durante uma ação de despejo, em um apartamento no bairro Suíssa, em Aracaju.
Nesta terça-feira (3), a Polícia confirmou que enviou o inquérito policial sobre a morte de Portella à Justiça. A mulher que morava no apartamento onde o corpo foi achado foi indiciada por ocultação de cadáver e maus-tratos contra a filha, que foi encontrada em situação de maus-tratos na residência.
A investigada chegou a ser presa em flagrante logo após ser tratada de lesões provocadas por ela mesma, mas atualmente se encontra internada no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP).
Segundo o delegado Tarcísio Tenório, ela foi ouvida novamente e manteve a versão de que não praticou ato que resultasse na morte da vítima. "Ela negou ter praticado qualquer ato criminoso no sentido de tirar a vida do companheiro. No entanto, ela continuou admitindo que apenas ocultou o cadáver com receio de ser responsabilizada. Então aguardaremos a conclusão dos trabalhos periciais, mas o inquérito já foi remetido."
O delegado diz que exames periciais ainda não foi finalizados pelo Instituto Médico Legal (IML) e pelo Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF). "Há pendências de alguns laudos como de local de morte pelo Instituto de Criminalística (IC). Esse conjunto de elementos, assim que nos forem remetidos, serão encaminhados à Justiça para que o Ministério Público possa formar sua opinião."
"Já quanto à criança, ela está sob cuidados da família. O Conselho Tutelar vem acompanhando a situação da criança e todas as providências estão sendo tomadas para salvaguardar essa criança", destaca.
Jornalista atuou em rádios até a década de 1980
Portella, que tem passagens pelas rádios Farroupilha e Gaúcha entre as décadas de 1970 e 1980, era natural de Ijuí e deixa quatro filhos.