Vinte e quatro crianças foram formadas no Projeto Bombeiro Mirim, em Sapiranga, neste sábado (14). A solenidade ocorreu no Centro de Cultura Lúcio Fleck e contou com a presença de autoridades e familiares que prestigiaram o momento.
“As crianças atingiram todos os objetivos propostos, e minha saudação especial ao time de instrução que não tinha participado de qualquer edição anterior do projeto, e cumpriram a missão de maneira louvável”, diz o capitão do Corpo de Bombeiros de Sapiranga, Tiarles Gularte de Almeida.
Os formandos passaram por uma série de atividades, que eram realizadas quinzenalmente aos sábados, desde abril deste ano. “O projeto trouxe aos bombeiros mirins disciplinas e conhecimento que não são abordados com amplitude no currículo escolar normal. Conseguimos alcançar nossos objetivos”, enfatiza Gularte.
O objetivo do projeto é despertar nos jovens a cultura de prevenção de acidentes, e sinistros de diversas naturezas, além de reforçar valores como cidadania, respeito e civismo. “Atingindo isso, Sapiranga terá cada vez mais cidadãos que trilhem e busquem o caminho do bem”, explica o capitão.
Conforme a professora Simone Garcia, 42 anos, que foi na formatura prestigiar a filha de amigos, a iniciativa de Sapiranga com o projeto é muito boa e auxilia na formação do caráter da criança.
“Pelo que acompanho da Mariáh [integrante do projeto] a iniciativa foi muito positiva e envolve não só a ela, mas a família e todos que estão em volta. Como professora posso dizer que o projeto é muito válido, pois ensina a disciplina”, afirma Simone.
Valores e inclusão
Os formandos do Projeto Bombeiro Mirim têm idades entre 9 e 12 anos, com exceção do Mateus Emanuel Vagner, que tem quase 22 anos. Conforme Gularte, o projeto também é sobre inclusão, e nessa turma foi a vez de Mateus.
O jovem nasceu com hidrocefalia, que afetou a fala e a parte motora dele e causou atraso no aprendizado. Porém, nenhuma limitação tirou de Mateus o sonho de se tornar um bombeiro. “Eu quero ser bombeiro”, foi o que disse enquanto aguardava a entrada dos formandos.
Para a mãe de Mateus, Elen Cristina Dapper, 52, o projeto foi a realização de um sonho. “Ele tem muita determinação e a pouco tempo surgiu o desejo dele ser bombeiro, encontramos no projeto a oportunidade dele realizar esse sonho e se sentir acolhido”, conta Elen.
Ela reforça, ainda, que o projeto superou as expectativas pessoais dela mesma. “Em termos de educação, pontualidade, responsabilidade, ele cresceu muito. Eu perguntei aos formandos se era melhor ser melhor que o outro, ou ser melhor para o outro. Todos responderam ser melhor para o outro”, declara Elen.
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