A celebração pelos 199 anos da imigração alemã no Brasil, comemorados no próximo dia 25 de julho, está por todos os cantos de São Leopoldo. Se no Ginásio Celso Morbach concentra-se a maior parte da programação, com a São Leopoldo Fest, no centro da cidade as cores da bandeira da Alemanha também se fazem presentes na decoração das ruas e vitrines das lojas. Estas últimas, motivadas por uma já tradicional competição organizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
A campanha da mais bela vitrine da imigração alemã começou no último dia 14 e segue até terça-feira (25). A cerimônia para a divulgação dos vencedores ainda não tem data marcada. A iniciativa tem mobilizado os comerciantes da área central da cidade. Neste ano, segundo o presidente da CDL leopoldense, Olinto Menegon, 12 lojas estão participando da competição, que dará troféus aos três primeiros colocados e certificado de participação a todos que se inscreveram.
A escolha dos vencedores será feita por uma comissão julgadora que faz a avaliação das vitrines. “Dentre os critérios para esta escolha são analisados se a decoração está dentro do tema, além da beleza e criatividade”, destaca Menegon.
Proprietário da Ferragem Feldmann, localizada na Rua Independência, Rodrigo Edgar Feldmann, conta que no local a tradição de celebrar a imigração alemã com uma decoração especial nas vitrines começou há mais de 80 anos. “Nossa família é de origem alemã, além disso, sempre buscamos valorizar a história e a tradição da cidade na decoração”, conta.
Para este ano, os itens escolhidos foram um traje típico alemão, réplicas da Casa do Imigrante e do Monumento ao Centenário da Imigração e fotos históricas. “As maquetes foram feitas há uns 50 anos, por um funcionário muito habilidoso que tínhamos na loja”, explica Feldmann.
Para ele, falta incentivo para que mais lojistas se motivem a aderir à campanha. “É algo que vem se perdendo com o tempo e que é importante que se resgate esta história e cultura na cidade. É preciso mais dedicação dos lojistas e da própria Prefeitura na decoração das ruas. É muito bacana ver as pessoas paradas em frente à vitrine, olhando cada detalhe das fotos. É algo que muita gente não tem conhecimento nem acesso”, opina.
Moradora do bairro Scharlau, a dona de casa Ana Meirelles, 58 anos, se disse encantada com os detalhes da vitrine. “Estas réplicas são verdadeiras obras de arte. Fico pensando no carinho e no apreço do artista que produziu algo tão bem feito, com as tradições da nossa cidade”, opina.
Para o aposentado Ivo José Nunes, 75 anos, os minutos parados em frente à loja foram uma “viagem ao tempo”. “Eu acho isso a coisa mais linda. Antigamente era comum as lojas ficarem enfeitadas. Era algo que atraía gente até de outras cidades para ver. Hoje infelizmente muito dessa tradição se perdeu”, lamenta.
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