IMPACTOS

CICLONE: Saiba o que esperar do tempo no RS com a formação do fenômeno na costa da Argentina

Calor atípico desta quinta ocorre antes de queda acentuada nas temperaturas em função da chegada de uma frente fria

Publicado em: 17/08/2023 17:44
Última atualização: 22/08/2023 08:41

Esta quinta-feira (17) foi de máximas bem acima da média no Rio Grande do Sul. E quem está gostando de temperaturas acima dos 30°C vai ter que dar um "até logo" para esse calor atípico, porque sexta-feira (18) vai ser de virada no tempo e formação de ciclone extratropical.


Rua da Ladeira, em Sapiranga, como Morro Ferrabraz encoberto pelas nuvens de chuva Foto: Débora Ertel/GES-Especial

Conforme a MetSul Meteorologia, o fenômeno vai se formar junto à costa da Argentina e deve contribuir nas condições do tempo em parte do país, bem como no Uruguai e no Brasil. Os meteorologistas esclarecem que quem deve sentir os maiores impactos são os argentinos e uruguaios, que podem enfrentar chuva intensa e vento forte nos próximos dias. 

ENTENDA COMO SE FORMA UM CICLONE E QUAIS OS TIPOS REGISTRADOS NO SUL NO BRASIL

Como fica o tempo no RS

Ainda de acordo com a MetSul, o aprofundamento do centro de baixa pressão vai se dar muito ao sul e longe do Rio Grande do Sul, com a ciclogênese (formação do ciclone) a mais de mil quilômetros ao sul de Porto Alegre entre esta sexta e o sábado (19).

O que já ocorre nesta quinta é o aumento de nuvens em toda a fronteira com o Uruguai, o que pode causar temporais isolados no oeste e sul gaúcho. A instabilidade aumenta em todo o Estado na sexta, com o avanço da frente fria. 

Os meteorologistas explicam que os efeitos deste ciclone em termos de vento não devem ser significativos no RS. O litoral sul, especialmente entre o Chuí e Rio Grande, deve ter as rajadas fortes, com média de 50 km/h a 70 km/h, que podem atingir velocidades maiores de forma isolada. 

Mais ao norte gaúcho, não são esperadas rajadas de vento intensas. Por isso, Porto Alegre e o litoral norte terão tempo ventoso no final da sexta e no sábado, mas as rajadas não devem ser suficientemente fortes para causar danos.

Provável ressaca

Por outro lado, a MetSul explica que o ciclone deve permanecer quase estacionário a leste da Argentina, sobre o mar no Atlântico Sul, por cerca de 24 a 30 horas.

"Isso vai gerar uma grande agitação marítima e swell que deve alcançar a costa do Rio Grande do Sul com provável ressaca do mar na costa gaúcha no fim de semana e no início da semana que vem."

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