O centro de baixa pressão que estava sobre o Rio Grande do Sul na quarta-feira (13), e que trouxe muita chuva no decorrer do dia, se aprofundou no Oceano Atlântico na madrugada desta quinta (14) como um ciclone extratropical. Apesar de fenômenos como este já terem causado danos no Estado, o sistema desta semana não será intenso.
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Foto: Sheila Prado/Especial
De acordo com a MetSul Meteorologia, da tarde para a noite desta quinta, a área de baixa pressão estará sobre o Atlântico junto ao sul de Santa Catarina e o litoral Norte gaúcho, mas não será muito profunda.
O modelo europeu, segundo os meteorologistas, projeta pressão mínima central de 997 hPa, o que significa que este não se trata de um ciclone intenso. No final do dia, já estará distante do continente, movendo-se rapidamente para sudeste.
Portanto, este é um cenário muito diferente de junho e julho. Em junho, a trajetória foi contrária ao que acontece nesta quinta: o ciclone avançou do mar em direção ao continente e ficou por muitas horas rente à costa no litoral norte. O sistema teve grande intensidade antes de se distanciar para leste.
Em julho, a ciclogênese se iniciou sobre o Rio Grande do Sul e, ao atingir o mar, o ciclone era intenso junto à costa.
Impactos
O centro de baixa pressão trouxe ainda mais chuva para o Estado entre terça (12) e quarta. Na grande Porto Alegre, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o acumulado entre os dois dias é de 130 mm em Viamão, 113 mm em Gravataí, 112 mm em Eldorado do Sul, 111 mm em Sapucaia do Sul, 110 mm em Canoas, 95 mm em Alvorada, 92 mm em Campo Bom, 88 mm em São Leopoldo e 85 mm em Novo Hamburgo.
Em Porto Alegre, no mesmo período, anotou 100 mm em Belém Novo, 97 mm na zona Norte, 95 mm no Centro e 78 mm no Jardim Botânico.
Desde segunda (11) até o fim da tarde de quarta, Caçapava do Sul chegou aos 207 mm, São Gabriel, aos 154 mm, Encruzilhada do Sul, aos 153 mm, Camaquã, aos 150 mm, e Santiago, aos 147 mm.
Nesta quinta, com o ciclone formado, pontos do sul e do leste gaúcho devem registrar rajadas de vento. As rajadas, em média, devem ficar entre 50 km/h e 80 km/h, mas localmente serão superiores, especialmente na costa e na Lagoa dos Patos e áreas adjacentes, o que inclui a capital e o Sul da Grande Porto Alegre.
Nas áreas mais elevadas dos Campos de Cima da Serra, o vento pode ficar perto ou acima de 100 km/h.
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