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CICLONE: Entenda como se forma e os diferentes tipos de ciclone; RS sentirá os efeitos de mais um a partir desta sexta
Meteorologia alerta para formação de ciclone extratropical na costa da Argentina; Estado deve ter vento forte no litoral
Última atualização: 22/08/2023 08:41
Após os ciclones de junho e julho, que causaram mortes e destruição no Rio Grande do Sul, a meteorologia alerta para mais um fenômeno. O ciclone extratropical da vez vai se formar na costa da Argentina a partir desta sexta-feira (18), com impactos no Estado. Entenda abaixo como se forma um ciclone e quais são os diferentes tipos. Clique aqui e veja a cobertura completa sobre ciclone no Rio Grande do Sul.
Como se forma um ciclone?
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ciclone é uma área fechada de baixa pressão atmosférica, onde os ventos giram no sentido horário no Hemisfério Sul. Esse movimento no sentido horário concentra umidade e calor no centro do ciclone, ou seja, na área de menor pressão. Assim, o deslocamento ascendente do ar, que está quente e úmido nesta área, provoca a formação de nuvens carregadas.
Ciclone é mais comum no oceano ou no continente?
A formação de ciclone é muito mais comum no oceano. No continente também acontece, mas é mais raro. Em junho e julho dois ciclones atingiram o Rio Grande do Sul. O primeiro foi na costa, mas sobre o mar, e o segundo sobre o continente.
Quais são as características de um ciclone tropical?
Os ciclones tropicais são conhecidos também como furações ou tufões e costumam ser mais intensos e devastadores. Seu núcleo ou centro de baixa pressão, é quente, muito profundo e se estende da superfície até as camadas mais superiores da atmosfera. Os ciclones tropicais se formam entre 20° ao sul e 20° ao norte do globo terrestre e nunca estão associados a uma frente fria. Os ciclones tropicais atuam em regiões equatoriais sobre os oceanos e retiram energia do calor extraído do mar.
Quais são as características de um ciclone extratropical?
São os mais comuns no País. Eles se formam entre 30° e 60° do globo terrestre nos dois hemisférios e são sempre associados a uma frente fria. Seu núcleo ou centro de baixa pressão é frio, ou seja, possui temperaturas mais baixas que a atmosfera externa. Eles ocorrem durante todo o ano, mas a frequência maior acontece no inverno.
O tamanho deste tipo de ciclone é medido a partir da pressão. Esse fenômeno tem diâmetro de milhares de quilômetros e a medida do raio dele é baseada no ponto máximo que as linhas de maior pressão podem alcançar.
Quais são as características de um ciclone subtropical?
O ciclone subtropical possui características dos ciclones tropicais e extratropicais. É mais comum entre os litorais da região Sudeste e da Bahia e ocorrem entre 20° e 40° do globo terrestre nos dois hemisférios.
Os ciclones subtropicais também são medidos a partir da pressão. Eles costumam se formar no período da primavera e nem sempre são associados a uma frente fria. Os ciclones subtropicais, normalmente, são menos intensos.
Os ciclones subtropicais têm núcleo quente e frio e quanto mais perto da superfície, mais elevadas são as temperaturas. Já na parte superior do núcleo, as temperaturas diminuem.
Por que alguns ciclones recebem nome e outros não?
Segundo o Inmet, alguns ciclones recebem nome de acordo com as regras da Marinha do Brasil. Contudo, esse fator não define a intensidade do fenômeno.
Em março de 2004, a região Sul foi atingida por um ciclone tropical que recebeu o nome de "Catarina". O fenômeno resultou na morte de 11 pessoas e provocou bastante destruição, especialmente no sul de Santa Catarina e em parte do litoral norte do Rio Grande do Sul.
Já em julho deste ano, a mesma região do País foi atingida por um ciclone extratropical. Na ocasião, o fenômeno se formou no continente e provocou chuvas e ventos fortes, principalmente, nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.