PREVISÃO DO TEMPO
CICLONE BOMBA: Frente fria avança e traz chuva para o fim de semana; confira o trajeto do fenômeno
Instabilidade deve ser registrada em várias regiões do País, mas com mais intensidade no Rio Grando de Sul e outros estados do Sul
Última atualização: 22/08/2023 08:43
A frente fria que avança pelo Sul do País na noite desta sexta-feira (18) deve causar instabilidade durante o fim de semana também nos estados do Centro-Oeste e do Sudeste brasileiro. Segundo a MetSul Meteorologia, no entanto, as chuvas devem ser mais intensas, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Paraná e no Mato Grosso do Sul.
Durante esta sexta-feira, a mesma frente fria já trouxe chuva para todas as regiões do RS, chegando a acumulados, até o meio da tarde, de 55 milímetros em Livramento. Contudo, o fenômeno, já em deslocamento pelo Mato Grosso do Sul, começa a perder força. Neste sábado (19), ele deve chegar em São Paulo levando precipitação e pancadas de chuva no domingo (20). Também em Minas Gerais e no Rio de Janeiro a frente fria deve agir, chegando ao Espírito Santo apenas com instabilidade isolada.
Com os maiores volumes de chuva projetados para os estados do Sul do Brasil, o tempo melhora com o retorno do sol na região ainda no fim de semana, quando um ar mais seco e frio de alta pressão atmosférica deve ingressar. No entanto, a influencia do ar frio será menor no Paraná, onde a presença de nuvens deve ser intensa e a instabilidade permanece até o domingo.
Confira o caminho do ciclone
Com um ciclone bomba tendo se formado ao longo desta sexta-feira no oceano Atlântico por conta da frente fria, neste sábado o fenômeno contará com dois centros de menos pressão: o principal e um secundário na costa de Buenos Aires, isso à medida que se intensifica sobre o Atlântico. Contudo, já ao fim do dia os dois vórtices irão se converter em apenas um e com bastante profundidade.
Já no domingo, o ciclone deve ficar sobre o Atlântico Sul, onde atuará com forte intensidade. Na segunda-feira, ele começa a se afastar e a se enfraquecer à medida que perde pressão atmosférica com a formação de um segundo ciclone, que vai atuar junto à costa da Patagônia.
"Assim, o grande aprofundamento do centro de baixa pressão vai se dar mais ao Sul e longe do Rio Grande do Sul com a máxima intensidade do ciclone ocorrendo mais de mil quilômetros ao Sul de Porto Alegre", afirma a meteorologista Estael Sias. "Da mesma forma, o sistema vai ficar quase estacionária e se afastar para Leste, jamais se aproximando do Sul do Brasil na sua fase madura", finaliza.