A trégua da chuva nesta manhã de terça-feira (5) revelou o desespero de moradores e regiões submersas pelas águas das enchentes que atingem o Rio Grande do Sul. Desde os primeiros resgates, a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros já retiraram 247 pessoas que estavam ilhadas. Muitas pessoas ainda aguardavam por salvamento nesta manhã em telhados, prédios e casas.
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Conforme o subchefe da Defesa Civil do RS, coronel Marcus Vinicius Oliveira, 60 municípios registraram algum tipo de prejuízo por causa do volume de chuva em pouco tempo. Os danos atingem mais de 2,5 milhões de pessoas. Dentro desta estimativa estão 18,5 mil moradores que tiveram as casas danificadas pelo evento climático de setembro.
Oliveira destaca que na barragem do Capingui, em Passo Fundo, a situação passou de alerta para emergência. Por causa do volume de chuva, a usina hidrelétrica corria o risco de colapsar.
A tendência é que as atenções das forças públicas de segurança do Estado permaneçam concentradas no atendimento à população do Vale do Taquari. O subchefe Oliveira explica que a região tem sido a mais afetada pelas cheias e inundações. Em Lajeado, o nível do Rio Taquari estava em 29,25 metros às 12h53. Em maio de 1941, o mesmo ponto do rio registrou a marca histórica de 29,92 metros.
Naquela região, as consequências do grande volume de precipitação nas cidades de Roca Sales, Muçum, Encantado, Arroio do Meio, Estrela, Lajeado e Cruzeiro do Sul preocupam o governo gaúcho. Desde a manhã, helicópteros da PRF, Polícia Civil, Brigada Militar e Corpo de Bombeiros trabalham para fazer a retirada das pessoas isoladas pela enchente.
O período de trégua da chuva auxilia no serviço de ajuda às vítimas, mas também acende o alerta para deslizamentos. De acordo com Oliveira, 742 pontos são monitorados pela Defesa Civil do RS por causa do risco de deslizamentos de terra.
Em caso de emergência, ligue 190 ou 193.
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