Novo Hamburgo, Campo Bom e Sapiranga ainda registram famílias desabrigadas ou desalojadas devido à cheia do Rio dos Sinos. Até as 13 horas deste domingo (1º), eram 66 pessoas fora de casa nesses três municípios.
Campo Bom tem o maior número de desabrigados: sete famílias da Barrinha, totalizando 28 pessoas. Elas estão desde a última sexta-feira (29) no abrigo montado pela prefeitura no ginásio municipal. Conforme Luciane Beatriz Taufer, coordenadora da Divisão da Assistência Social, a água não chegou a invadir os imóveis desses moradores, entretanto, devido ao risco, eles foram removidos de forma preventiva pela Defesa Civil.
A dona de casa Raquel Capela da Rosa, de 36 anos, mora na Rua Mathias Muller, na Barrinha, e é uma das pessoas que está no abrigo, com o marido e os quatro filhos.
“Decidimos vir para cá por precaução. Aqui, pelo menos, está seco, temos um ambiente quentinho e podemos dormir tranquilos com as crianças”, justifica. Durante todo o período em que as famílias ficam no abrigo, a Assistência Social providencia café da manhã, almoço e janta, além de roupas, colchões e cobertores.
De acordo com a Defesa Civil, o nível do Rio dos Sinos baixou cerca de 15 centímetros nas últimas 24 horas. Às 13 horas de hoje, estava com 7,21 metros. “Está baixando por aqui, e acredito que até o fim do dia não tenhamos mais água nas ruas da Barrinha”, prevê Paulo Silveira, que coordena o órgão.
Em Sapiranga, água continua subindo
Ao contrário de outros municípios, em Sapiranga, o nível do rio segue subindo, o que impede o retorno de 18 moradores de três famílias diferentes para casa, no bairro Porto Palmeira.
Os desabrigados estão no abrigo montado na Escola Dr. Décio Gomes Pereira, no bairro São Luiz. Segundo Sírio Baum, da Defesa Civil, o nível do rio estava em 7,65 metros às 13 horas deste domingo.
Situação em Novo Hamburgo
Já em Novo Hamburgo, há 20 pessoas desalojadas, ou seja, que deixaram suas casas, mas passam os dias na casa de familiares ou vizinhos enquanto o Rio dos Sinos não baixa. Uma dessas famílias é a da dona de casa Andrina Gonçalez, 35 anos, que reside no Loteamento Integração, na Lomba Grande.
A enchente registrada na última semana de setembro invadiu novamente a casa alugada pela família, no final da Rua Alcido Osmar Klein, e fez com que perdesse todos os móveis e eletrodomésticos pela segunda vez em três meses. A primeira vez, foi na enchente de junho.
Além disso, no começo da tarde, seguiam os pontos de alagamentos nas ruas Bruno Werner Storck e Alcântara, no bairro Canudos. Nas últimas 24 horas, o rio baixou 10 centímetros. Por volta das 7 horas deste domingo, estava em 6,93 metros. Segundo o chefe da Defesa Civil da cidade, Arci Darci Fetter Júnior, a água deve deixar totalmente as ruas quando chegar a 6,60 metros.
Em Taquara, desabrigados já voltaram para casa
Taquara chegou a ter mais de 100 pessoas fora de casa na última semana. Os desabrigados e desalojados já puderam voltar para suas residências. As três últimas famílias que estavam desalojadas retornaram para casa na manhã deste domingo. Embora o nível do Rio dos Sinos continue alto, restam poucos pontos de alagamento parciais nas ruas Lima e Da Empresa, ambas no Bairro Empresa.
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