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MAIS TEMPO NA PRISÃO

CASO RAFAEL: Justiça aumenta pena de mãe condenada pela morte do filho mais novo

Os desembargadores rechaçaram por unanimidade todas as teses que poderiam levar à anulação do júri apontadas pela defesa de Alexandra Dougokenski

Ubiratan Júnior
Publicado em: 31/07/2023 às 18h:36 Última atualização: 22/08/2023 às 08h:29
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A pena de Alexandra Dougokenski aumentou para 38 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão e 8 meses de detenção. A decisão é da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiç. Inicialmente, em 18 de janeiro deste ano, ela havia sido condenada a 30 anos e 8 meses de prisão pelo Tribunal do Júri de Planalto por todos os crimes pelos quais foi acusada: homicídio doloso quadruplamente qualificado (motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima) cometido contra o filho Rafael Winques, ocultação de cadáver do filho, falsidade ideológica e fraude processual.

Pena de  Alexandra Dougokenski aumentou para  38 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão e 8 meses de detenção | Jornal NH



Pena de  Alexandra Dougokenski aumentou para  38 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão e 8 meses de detenção

Foto: Juliano Verardi

Além disso, no acórdão da última sexta-feira (28), os desembargadores rechaçaram por unanimidade todas as teses que poderiam levar à anulação do júri apontadas pela defesa de Alexandra.

A procuradora de Justiça Jacqueline Fagundes Rosenfeld enalteceu o trabalho do Ministério Público e celebrou a decisão judicial. “O Ministério Público trabalhou arduamente desde as primeiras horas do crime, acompanhando os fatos, comparecendo ao local do crime, cuidando do desenrolar do processo, atuando com firmeza e equilíbrio no plenário do Júri”, destacou.

“O julgamento pelo Conselho de Sentença foi impecável. Os recursos foram perfeitamente avaliados, merecendo guarida a irresignação ministerial. Sublinhe-se que a Segunda Câmara Criminal, com seu preparo técnico e sua sensibilidade aguçada pelo senso de justiça, terminou elevando a pena imposta à Alexandra Dougokenski”, acrescentou.

Para o procurador de Justiça, esse foi um dos piores crimes que viu em 33 anos de atuação no MP. “Não somente pelo modo terrível como foi cometido, mas também pela personalidade da ré. Uma pessoa dissimulada, que apontou diversas versões durante o processo. Em uma delas, de forma absurda, tentou até incriminar o pai do menino. Esse homem foi vítima de constrangimento durante o julgamento. Ela teve a capacidade de dizer ao final do interrogatório que tinha pena dele. Mostrou que tem uma personalidade desvirtuada ao dizer que ela dorme em paz. Dizer que dorme em paz mesmo tendo matado o próprio filho é algo inaceitável. Para fazer o parecer, folheei todo o processo e me deparei com as fotos do menino morto em uma caixa de papelão e com uma corda amarrada em seu pescoço, o que demonstra a crueldade da ré”, comentou.

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