O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) informou que vai recorrer da decisão da Justiça Militar que condenou um dos três policiais por falsidade ideológica e absolveu todos pelo crime de ocultação de cadáver no caso Gabriel. O julgamento ocorreu em Porto Alegre e teve início na quarta-feira (19). A decisão da juíza Viviane de Freitas Pereira foi anunciada na madrugada desta sexta (21).
O promotor de Justiça Luiz Eduardo de Oliveira Azevedo, que atuou pelo MPRS em plenário, diz que tem “plena convicção da culpabilidade desses homens” e que vai interpor recurso para tentar reverter a decisão.
Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos, desapareceu após uma abordagem policial em 18 de agosto do ano passado, em São Gabriel, cidade localizada no sudoeste gaúcho. Uma semana depois, o corpo do jovem foi encontrado em um açude.
Segundo a denúncia do Ministério Público, após a morte da vítima, o trio teria, “em comunhão de esforços e em elaboração conjunta e divisão de tarefas”, ocultado o corpo de Gabriel, levando-o até o interior do município. Lá, teriam escondido o cadáver dentro de um açude.
Além disso, o MP afirma que os denunciados fizeram constar declaração falsa no boletim de ocorrência ao afirmarem que “a guarnição abordou o Sr. Gabriel, que consultado estava sem novidades, sendo então orientado e liberado”, quando, para o órgão público, Gabriel teria sido agredido, algemado, preso e posto no interior da viatura pelos policiais.
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